segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

O Melhor e o Pior no Governo Português no Ano que Passou

O Melhor - A Presidência da União Europeia.
Foi sem dúvida o ponto alto do Governo Português no Ano que findou. A sua acção junto de áreas de visibilidade e ligação externa ficaram perenes durante alguns tempos. A assinatura do Tratado Reformador, a abertura do Espaço Schengen aos países de Leste e as cimeiras com a África e com o Brasil abriram portas para um crescimento europeu e imposição no panorama Mundial.

O Pior - O Desemprego
Procurei e reflecti sobre qual seria o pior do Governo Português. Decidi-me pelo desemprego visto também me afectar a mim. É claro que neste aspecto o Governo não tem conseguído atrair investimento. A crise que tanto se apregoa à anos reflecte-se na confiança dos investidores e como tal a criação de emprego esbarra nestes entraves. Se juntarmos a isto, o anúncio do estagnar da contratação de profissionais de Saúde no sector público para o próximo ano, verificamos que não será possível garantir e continuar as reformas que se querem fazer na saúde sem que as dotações seguras de profissionais se cumpram. Tenho medo de ir parar a um hospital, onde os profissionais estão sobrecarregados de turnos e como tal as suas condições para o exercício correcto da sua profissão não se verificar.

O Que Dizem Os Outros II

O Mal Maior apresenta um bom vídeo sobre alguns que partiram neste ano de 2007, fica aqui o link para essa produção do Vítor Pimenta e também a homenagem deste blog a essas personalidades e anónimos que partiram no ano de 2007. Junto também aqui a homenagem ao Sr. António Peixoto dos Santos que durante anos construiu um bom projecto na Junta da Cividade.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Para Reflectir VIII

"E o certo é que nunca é mal empregado o dinheiro com que se retribua o esforço, a dedicação e o sacrifício que a profissão de Enfermeiro exige."
in Revista dos Hospitais Portugueses, 1948, página 43

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Um Bom Exemplo

Ontem referia-me ao problema dos encerramentos por todo o país de cuidados de saúde. Hoje venho saudar a postura da C.M. da Loourinhã que aprovou um pedido ao Ministério da Saúde para compensar o encerramento do SAP da Lourinhã.

Por unanimidade a CMLourinhã pediu uma ambulância de Emergência para os bombeiros e a instalação de complementos a saúde que complementem o fecho do SAP, nomeadamente o atendimento da população nos Cuidados de Saúde Primários.

Em vez de protestos vagos, as populações deveriam reclamar a instalação e regulamentação de cuidados de saúde primários que garantam que o encerramento dos SAP não lhes seja prejudicial.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Fecho da Maternidade de Chaves

Após alguns dias de ausência devido à quadra natalícia que impossibilitou a minha escrita, estou de volta.

Acredito que poderá ser muito polémico este post, até porque será feito enquanto profissional de saúde e também enquanto cidadão.

Defendo para Portugal, que quer norte quer sul, quer interior quer litoral tenham igualdade de oportunidades. Acrescento que deve haver um forte investimento para que se combata o forte abandono do interior do país.

Acredito também que os cuidados de saúde devem chegar a todos os cidadãos do país. Porém, espero sempre que estes cuidados sejam sempre de qualidade inegável e que nunca ponham em risco a saúde daquele a quem eles recorrem.

Enquanto profissional de saúde, defendo que a qualidade também se define não só pela tecnologia presente, mas também pela formação dos profissionais que prestam cuidados. Em casa de cirurgias, processos técnicos invasivos de grande precisão e mesmo partos é necessário que os profissionais estejam treinados e saibam reagir em situações de risco.

Como tal, acho imperativo que para que uma maternidade funcione correctamente esta tenha formação continua e experiência de campo que apenas é garantida com a prática. Logo, acho que os valores definidos pela OMS devem ser respeitados.

Sou completamente contra o encerramento de serviços de saúde por questões meramente economicistas. Contudo, acho que no caso da Maternidade de Chaves está em causa a qualidade dos partos e dos nascimentos.

Há cerca de 30 anos atrás uma Ministra da Saúde encerrou várias maternidades por todo o país. Aliás, mais de 200. O resultado está a vista, a mortalidade infantil diminuiu de 20 por mil habitantes para menos de 8 por mil habitantes.

Com a rede viária que neste momento existe, com a criação das SIV, penso estarem criadas as condições necessárias para que a inexistência da maternidade de Chaves irá contribuir para que menos crianças nasçam em condições precárias e de risco, passando a nascer em Vila Real, cuja maternidade realiza os partos necessários para que tenha qualidade e que os seus profissionais estejam treinados e prontos para reagir a situações de crise.

Quem duvidar disto, que questione com factos, que apresente factores que não o mero populismo. Se calhar estes senhores que se preocupem em que o Governo instale sim cuidados primários de saúde próximos de toda a população para que quando necessário se encaminhe para cuidados de saúde diferenciados de qualidade.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Para Reflectir VII

"A gratidão é a memória do coração."

Antístenes

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Ensino Superior vs Ensino Técnico vs Ensino Secundário

Há uns tempos atrás ninguém me veria dizer as coisas que aqui vou dizer hoje, mas tendo em conta a avaliação que tenho feito dos últimos anos da situação laboral permiti-me fazer esta análise ao Ensino em Portugal. Não vou falar em sucesso ou insucesso escolar. Não vou falar se os professores são ou não capazes. Não vou falar se deve-se obrigar a andar na escola ou não.

Vamos falar da adequação do Ensino ao mercado de trabalho.

Começo por falar do Ensino Superior. O Ensino Superior nas suas duas vertentes está a muito tempo esgotado. São vários os cursos que se encontram desajustados da realidade das necessidades do país. Exemplo disso, são os numerosos cursos que apenas têm como saída profissional o ensino e que há alguns anos que os seus profissionais se encontram em situações de desemprego.

Deixo aqui a primeira questão: Valerá a pena continuar a investir na qualificação para apenas se dizer que se detém um curso superior que para nada serve à posteriori?

O Ensino Secundário está viciado e é competitivo, os alunos que lá se encontram, muito dificilmente se preocupam em aprender. Estão mais a ser preparados para um exame final que lhes vai, socialmente definir como sendo detentores de sucesso estudantil ou vitimas de fracasso, isto é, vivem durante 3 anos para preparar a entrada no ensino superior. A que custo? Na minha opinião, o preço que se paga por esta luta sobrehumana que existe é de tal forma prejudicial ao ensino que faz com que muito pouco aprendam os estudantes do ensino secundário e que lhes retira totalmente conhecimentos de cidadania, democracia, iniciativa e liberdade de escolha.

Segunda questão: Não será o ensino secundário apenas um local de passagem que pouco contribui para a formação da pessoa, caso não opte por entrar no ensino superior ou o curso que enveredou não seja de uma componente técnica.

Por último, vou falar do Ensino Técnico, parece-me ser uma boa aposta para aquelas pessoas que se encontram no final do ensino básico ou ensino secundário. Este ensino parece-me ir de encontro a algumas das necessidades do país. Contudo não se pense que é perfeito. Abundam também neste, cursos que estão desajustados e que se fazem com base em fundos sociais europeus, agora chamado de QREN.

Última questão: Que aposta deve Portugal ter em termos de ensino para que se forme adequadamente?

A esta vou responder com a minha opinião. Portugal, precisa urgentemente de pensar as suas estruturas de ensino. É importante apostar numa formação em várias vertentes e que permita a qualificação técnica e cientifica dos portugueses. É importante reformular os vários cursos, que não têm saída profissional, não acabando com eles, mas diminuindo o seu acesso para que aqueles que optem por essa vertente possam ser substitutos naturais dos processos de envelhecimento e reforma da população. É importante apostar na qualificação técnica e na qualificação dos quadros das pessoas que já se encontram no mercado de trabalho. Não apenas com a atribuição de títulos académicos ou graus de escolaridade, mas com formação apoiada e concertada com as empresas para que se adeque as necessidades destas. Por último, é fundamental criar na população um espírito positivista de consciência cívica e de intervenção para que os portugueses consigam deixar de pensar em si como sendo os coitadinhos, mas que invistam para a formação do seu próprio emprego e que criem nichos económicos que sejam pequenas empresas e que possam também elas ser motores da mudança em Portugal. Urge que os nossos empresários tenham conhecimentos não só na sua área de investimento, mas em várias e com um bom suporte formativo em gestão e economia. Só assim, poderemos aproveitar o QREN para que seja a verdadeira rampa de lançamento para que Portugal aproveitando os fundos europeus cresça e se coloque na vanguarda da Europa e deixe finalmente a retaguarda.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Ordem dos Enfermeiros - As Eleições da Polémica

É envolta em grande polémica que se conhecem os resultados das Eleições para os Órgãos Sociais da Ordem dos Enfermeiros.

Passado que estão 6 dias da realização do acto eleitoral que permitiu a eleição do Bastonário, Conselho Directivo e demais órgãos da Ordem dos Enfermeiros, ainda não existem resultados finais e oficiais. Não posso deixar de constatar que é com grande pesar que vejo que a Ordem que me representa não consegue organizar um acto eleitoral que seja digno de um país civilizado. Nem nos países ditos terceiro-mundistas se consegue demorar tanto tempo para apurar os votos de 54000 eleitores. Este atestado de incompetência que a Comissão Eleitoral está a passar a ela própria, mostra que é necessário rever e repensar os processos democráticos que existem na Ordem dos Enfermeiros.

Resultados não oficiais, mas de fontes bem colocadas indicam que a Bastonária Maria Augusta de Sousa foi reconduzida para o próximo triénio 2008-2011, bem como o Conselho Directivo que a apoiava. Aliás, a Lista D (do Projecto Consigo pela Enfermagem da Bastonária) venceu em todos os órgãos a que se apresentou, excepção feita à Secção Regional Norte onde a actual Presidente do Conselho Directivo da SRN perdeu as eleições para a equipa do Enfermeiro Germano Couto (Lista A).

Contudo, os Enfermeiros José Azevedo e Carlos Folgado, os dois candidatos perdedores das eleições para Bastonário, vão impugnar o acto eleitoral. Em declarações prestadas ao Jornal Público ambos afirmam que existiram várias irregularidades e que como tal, o processo esteve minado desde a sua primeira fase.

A vitória da lista D significa que haverá continuidade nas políticas e que a implementação do Modelo de Desenvolvimento Profissional será uma realidade. Espera-se que a Ordem assuma então um papel de maior intervenção e maior conciliação com todos os enfermeiros. Se assuma verdadeiramente com a Ordem de todos os enfermeiros, os escute e que assuma posições políticas fortes e actue de uma forma pró-activa e não reactiva.

Espera-se da Ordem acção e antecipação dos problemas, que os resolve no âmbito das suas competências e que faça chegar junto dos órgãos de governo as suas preocupações, que são aliás as preocupações de todos os enfermeiros.

Independentemente dos resultados serem ou não do agrado de todos, é hora, de os enfermeiros se unirem em torno da sua Ordem e desafiar, construir e operacionalizar os Cuidados de Saúde, para que sejam assim um garante de qualidade e a pedra basilar de toda a saúde em Portugal.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

As Coisas Desta Cidade - Urbanismo

Nas noticias da semana passada veiculavam informações de que existiam para ocupar em Braga cerca de quinze mil habitações. Ou seja, são cerca de Quinze Mil casas (não contam aquelas que estão ainda a ser acabadas) para ocupar num Concelho que tem cerca de 160 Mil habitantes.

Isto, na minha opinião, só pode reflectir os erros sucessivos de anos e anos de governação camarária sem uma política estruturada de habitação. Os prédios surgem como cogumelos, em locais mais estranhos e descurando outros aspectos que são fundamentais para os Bracarenses.

As estruturas políticas não podem esquecer que garantir habitação acessível economicamente a todos, não chega. Não se pode garantir que essas habitações sejam sujeitas ao poder imobiliário e da construção civil sem que se tenham em conta aspectos ambientais, educacionais e culturais.

Braga, cresceu em prédios, sem dúvida é um bom dormitório, mas uma cidade da dimensão de Braga, não pode almejar apenas ser um dormitório, tem de apostar em todas as vertentes que façam jus ao slogan que há alguns anos a JS lançou que dizia:
"É bom viver em Braga"
Discordo disto, neste momento posso dizer: É bom dormir em Braga!

Possibilidade de Protesto nas Eleições da Ordem dos Enfermeiros

O Blog da Candidatura do Enfermeiro Azevedo acaba de informar que irá impugnar o acto eleitoral por ter detectado infracções gravíssimas no decurso deste. Afirma ainda que independentemente dos resultados eleitorais a serem divulgados esta impugnação avançará.

O que significa que quer seja ele, ou outros dos dois candidatos o escolhido para bastonário, pedirá a impugnação do acto pedindo um novo acto eleitoral.

Aguardo ecos dos resultados e também afirmações sobre que irregularidades foram detectadas pela Lista C para as divulgar.

Nota: Às 21horas ainda não se encontra disponível, no site da Ordem dos Enfermeiros, os resultados do acto eleitoral. Apesar de continuar a divulgar-se que estes seriam publicados durante o dia 17.

Nota Final: Maria Augusta Sousa foi eleita Bastonária. A Lista D venceu em todos os locais menos na Secção Regional Norte, onde a Lista A liderada pelo Enfermeiro Germano venceu. Ainda não detenho os resultados oficiais que quando tiver irei divulgar. Na próxima quarta-feira irei fazer uma análise do que se espera para o próximo mandato da Ordem dos Enfermeiros. A todos os vencedores sem excepção, espera-se trabalho e competência.

A Enfermagem em Debate na Rádio Clube Português - Edição do Minho

Esteve hoje em debate na Rádio Clube Português o estado da Enfermagem em Portugal.

Foram convidados a participar neste debate a Vice-Presidente da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho, Enfermeira Goreti Mendes e o Presidente da Direcção da Associação de Estudantes de Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian da Universidade do Minho.

Acerca da formação de Enfermagem a visão de ambos os convidados incidiu na importância das transformações implementadas com o Processo de Bolonha e descortinei nas palavras de ambos a tendência de uma necessidade de debate dos enfermeiros sobre a pertinência da passagem da Enfermagem para o Ensino Superior Universitário.

No que concerne a política de emprego, os dois convidados não apresentaram uma opinião convergente. Ângelo Ferreira alertou para o excesso formativo de futuros enfermeiros em números, apesar de salientar que faltem enfermeiros nos Cuidados de Saúde Primários e Diferenciados. Alertou para a existência de desemprego nos Enfermeiros, estando em elevada percentagem nos Enfermeiros sem emprego durante o primeiro ano pós-licenciatura. Goreti Mendes por seu lado, afirma que não existe excesso de enfermeiros, mas sim uma falta de emprego por parte dos organismo de Governo. Salienta que a exigência e novos desafios da saúde exigirá cada vez mais um maior número de enfermeiros. Salientou ainda a ausência da Política de Saúde séria e baseada numa assertiva Gestão de Recursos Humanos. Alerta ainda para a ausência de enfermeiros nos locais de debate público, principalmente acerca de assuntos referentes para a prática de enfermagem. Defende também que a Ordem dos Enfermeiros terá de ter um papel interventivo de grande acção na defesa dos Cuidados de Saúde e de intervenção na defesa dos Enfermeiros.

No debate das Políticas de Saúde ambos salientaram a importância das Unidades de Saúde Familiares e da Rede de Cuidados Continuados e da defesa que estas politicas devem ser suportadas pelo Sector Público e apenas em último caso se possam transferir para o sector privado.

Por último e falando acerca da investigação e formação continua, ambos apontaram estes dois aspectos como fundamentais para a melhoria dos cuidados de saúde, salientando o esforço da escola para a oferta destas duas componentes.

Se conseguir arranjar esta entrevista em formato podcast irei disponibiliza-la no blog.

O Que Dizem os Outros

Começo esta edição semanal que irá abordar um post ou conjunto de posts da blogosfera a falar de um único blog.

O Avenida Central recebeu esta semana a distinção do melhor blog português na vertente Cidade/Região. Este prémio é na minha opinião inteiramente merecido e reflecte a perseverança de Pedro Morgado em tornar o Minho e a cidade de Braga num enorme espaço de discussão plural que não se restringe ao debate político e partidário.

O Avenida Central tornou-se um ponto de referência de âmbito regional e nacional. Visitado por imensos internautas que vêem nele um importante espaço de debate, discussão, de lançamento de ideias. É um espaço democrático e de grande sentido de uma participação activa e pro-activa dos cidadãos. Apela aos problemas já instalados, como alerta para futuras situações que possam advir.

Este espaço é sem dúvida, sendo do agrado ou não, acreditando nas ideias ou não, um local obrigatório de passagem de informação da Cidade de Braga.

Ao amigo Pedro não o desafio, deixo-lhe um pedido: o de continuação do bom trabalho que tem vindo a desenvolver. Inovando e continuando a lutar pelos seus ideais e contribuindo para o crescimento e afirmação da cidade de Braga como a 3ª maior cidade do País e também da região Minhota como uma das mais importantes deste país.

Ao Avenida Central, os meus parabéns.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Um Conto de Natal

25 de Agosto um determinado jovem acorda na sua distante terra.

Estava um radiante calor, porém nessa distante terra era natal. Era Natal porque havia convívio, solidariedade e amizade entre as pessoas. Mas esse jovem achava queria um novo desafio na sua vida, ele gostava de conhecer outras realidades.

Iniciou a sua longa viagem que o iria levar até a longínqua terra, situada no velho continente. Alguns meses se passaram e lá chegou ele à Terra. Era dia 15 de Dezembro e por todo o lado se anunciava o Natal.

Feliz, o jovem conviveu com os habitantes daquela zona que lhe ofereceram abrigo, afinal de contas estava frio e a amizade das pessoas garantia-lhe algum calor, o calor humano que lhe permitia ser feliz. Todos os habitantes da terra distante vivam da solidariedade, amizade e carinho que recebiam dos outros. Ele achou que este novo planeta era o ideal para ficar e como tal destruiu o único meio de voltar para casa.

O Jovem estranhava porque havia tanta publicidade e tantas luzes nesta época festiva. Ele achou que o planeta bastante estranho.

O Natal acabou, as luzes desapareceram e a publicidade também. O jovem começou a ficar com frio. Já não tinha onde dormir, já não sentia carinho e como tal o seu organismo começava a sofrer. Andou de porta em porta, a pedir abrigo, disse que vinha de longe, ninguém acreditou, ninguém o ajudou.

O jovem faminto morreu, no dia 10 de Janeiro, vítima da falta de solidariedade, carinho e amizade das pessoas, aquela que desapareceu no dia 6 de Janeiro e que o cativou para ter ficado nesta bonita terra.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Para Reflectir VI

"A simplicidade é uma força que vence todas as astúcias."
Stendhal

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Resultados da Eleições da Ordem dos Enfermeiros

Não irei divulgar os resultados das eleições da Ordem dos Enfermeiros, porém posso informar que em declarações prestadas ao Jornal SOL na sua edição online, elementos responsáveis pela eleição, afirmam que os resultados apenas serão divulgados na Segunda-feira ao final da tarde.

Até lá todos aqueles que estão curiosos terão de esperar por mais notícias.

Regressamos em breve...

Peço desculpa aos leitores pela menor assiduidade de posts colocados ultimamente, porém encontramo-nos num pequeno periodo de reflexão e de organização de rumo deste blog, assim sendo sábado iremos regressar o habitual "Para Reflectir...".

Domingo poderão contar com a segunda edição de "Na Terra dos Sonhos".

Segunda-feira terão a primeira edição do "O Que Dizem os Outros" que consistirá numa análise do que melhor se faz pela blogfera (na nossa opinião).

Terça-feira será dia de reflectir algo acerca da nossa cidade de Braga em "A Vida Cá no Burgo".

Quarta-feira é o dia dedicado à saúde, nomeadamente à enfermagem.

Quinta-feira e sexta-feira serão dias livres em que serão colocadas várias temáticas em discussão.

De salientar que além dessas rubricas obrigatórias estamos abertos a sugestões de temáticas a ser abordadas e sugeridas pelos leitores. Em todos os dias poderão ainda ser abordadas outras temáticas actuais.

A não perder...

Contribuam com ideias...



sábado, 8 de dezembro de 2007

Para Reflectir V

"Há que saber resistir quando queremos fazer valer a inteligência, o talento e a liberdade de expressão."

Tatiana Lobo

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Pensamento Tacanho

Estava eu a ver o Jornal da Tarde quando vejo uma noticia que os portugueses entre feriados e pontes poderão parar mais de um de terço do ano (144 dias). Chama-lhe a RTP ano amigo.

Que Comunicação Social é esta que estimula um país parado, inoperante e ineficaz?

Depois, vêm chorar que as multinacionais se deslocam para fora do País. Se calhar vão para países em que as pessoas não se preocupam em trabalhar, pois compreendem que este é importante. Não estão à espera de ter mais férias que o próprio país possa aguentar.

É verdade, em tempo pré-eleitoral, quer ver se a postura do Sr. Socrates não vai mudar.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Afinal ainda o povo é quem mais ordena...

Não poderia deixar de destacar a enorme vitória da liberdade e derrota de legitimação de um ditador pelo voto do povo.

O sr. Chavez parece que quer respeitar o resultado. Espero para ver até quando.

Diz que até somos vistos...

Vindo do Enferm@gem Pedi@trica recebemos um prémio interessante:

atequenoehummaublog.png

Agradecemos desde já a lembrança que a equipa que lidera este bom projecto teve relativamente ao nosso blog: MUITO OBRIGADO


Assim sendo aqui vai o protocolo da coisa:

1. Este prémio deve ser atribuído aos blogs que considerem serem bons, entende-se como bom os blogs que costuma visitar regularmente e onde deixa comentários.
2. Só e somente se recebeu o “Diz que até não é um mau blog”, deve escrever um post:
- Indicando a pessoa que lhe deu o prémio com um link para o respectivo blog;
- A tag do prémio;
- As regras;
- E a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio.
3. Deve exibir orgulhosamente a tag do prémio no seu blog, de preferência com um link para o post em que fala dele.
4. (Opcional) Se quiser fazer publicidade ao blogger que teve a ideia de inventar este prémio, ou seja – Skynet - pode fazê-lo no post).

E as vítimas d'O Canto Social são e sem qualquer ordem de preferência:

Doutor Enfermeiro

Avenida Central

Mesa da Ciência

Braga 2009

Fila d'Trás

O Mal Maior

Remisso

Boas leituras...

domingo, 2 de dezembro de 2007

No País daquele que consegue ver menos que o cego

Este texto apesar de poder ser escrito a pensar nos vários governadores que andam por este Portugal a fora, vai dedicado a um conjunto de pessoas que me merece alguma da minha atenção.

No País daquele que consegue ver menos que o cego, existem várias pessoas a quem foi pedido que vivam em harmonia, união e que trabalhassem de vez em quando em conjunto em torno de um objectivo comum. Essa meta era nobre e pretenderia tornar os habitantes desse país mais conhecedores, mais fortes e sobretudo mais pessoas. Este país tinham boas relações com os seus vizinhos. Faziam trocas comerciais com os seus vizinhos do País dos cegos e com o todo poderoso País dos anciãos. Este último povo era tido como arrogante, prepotente e muito austero, o seu poderio militar era tremendo.

Porém, nem tudo ia bem no País daquele que consegue ver menos que o cego. Os habitantes daquele país rapidamente descobriram o que estava mal: no País daquele que consegue ver menos que o cego havia pessoas. Contudo a resposta que eles quiseram admitir não foi essa, mas sim que as taxas comerciais do País dos anciãos eram elevadas e estavam a levar o país a ruína.

Mas porque é que as pessoas queriam tanto que o país não fosse para a frente? Porquê?

Alguns dos habitantes do País daquele que consegue ver menos que o cego procuraram as respostas, investigaram, pesquisaram arduamente, porém a resposta estava mesmo ali: Neste belo País cheio de riquezas as pessoas destruíam-no sem motivo aparente, por pura ganância, egoísmo e ignorância. Não havia um verdadeiro espírito de comercio colectivo e como tal o País dos anciãos aproveita-se e explorava-os.

Então, os habitantes nada satisfeitos queriam mudar o que estava mal e começaram a atacar aqueles que faziam asneiras sem querer. Começaram a falar deles em surdina, a arquitectar projectos maquiavélicos de vingança. O inconformado liderava-os, nunca poderia aceitar que as coisas não iam bem.

Cá de longe, no vizinho País do cego, os habitantes deste país viviam felizes, com os seus problemas e com as suas desavenças, mas tudo estava relativamente calmo. Nada de mal percebiam passar-se no país seu vizinho. Aliás, o país daquele que consegue ver menos que o cego era tido no mundo como um país forte, unido e que sempre que era necessário um empreendimento conjunto se unia e fazia maravilhas.

Mas, nem tudo ia mal no País daquele que consegue ver menos que o cego. Havia pessoas que de nada sabiam, que com nada se preocupavam e que deixavam andar, a ver se ninguém ia ter com elas, se ninguém as preocupava, uma dessas pessoas era a razão. Esta pessoa sabia os problemas da terra, mas não queria se meter, era mais fácil estar no seu canto.

E as pessoas? Agiam elas por maldade? As pessoas sentiram-se ameaçadas. Também elas se organizaram, também elas investigaram e planearam o contra-ataque. A guerra civil estava instalada, todavia esta guerra não tinha dois lados bem claros, ninguém sabia de que lado da barricada estava.

Toda esta confusão reinava então no País daquele que consegue ver menos que o cego, alguns dos seus governantes queriam acusar os Países vizinhos dos problemas que existiam no seu país. Apontavam baterias aos País dos anciãos, porém sabiam que uma guerra directa contra estes não podia ser travada. Tinham de planear uma guerrilha. Contudo, o País daquele que consegue ver menos que o cego era uma democracia e apesar de os seus lideres pensarem de uma forma, nem todos pensavam assim. Então a oposição decidiu manifestar-se. Discordou do seu governo, queriam travar a guerra directa. Os seus lideres continuavam a temer represálias.

Um dia, um dos habitantes do País daquele que consegue ver menos que o cego, numa das suas guerras feriu um dos seus melhores amigos. A ferida era grave, não havia muito a fazer. Uns acusaram-no de ser o culpado de todos os seus problemas, outros choravam com ele. O inconformado (a partir de agora será esse o nome do habitante que feriu o seu amigo) chorava, pensava que motivos justificavam o que aconteceu.

A sua primeira vontade era de culpar o país dos anciãos, mas o seu amigo, a razão ferida gravemente e às portas de outro mundo, disse-lhe que já era hora de o país daquele que consegue ver menos que o cego se fechar sobre si mesmo. Era hora de unir, de falar e debater, de parar a guerra que no dia atacava o colega e no dia a seguir matava o amigo. Era hora de mostrar que no país dos cegos, se via tão bem como os outros e que o País daquele que consegue ver menos que o cego era o que realmente todo o mundo achava. A razão nas suas últimas palavras pediu ao arrependimento para que os habitantes do seu país não se esquecessem do seu nobre objectivo e que um dia pudessem trocar comercialmente de igual para igual com os anciãos. Deu-lhes então o último conselho:

"- Construam o nosso país, não de uma forma bélica, mas estruturada, comercial, democrática, em que todos sejam um trabalhador tão importante como os outros. Com discórdia, mas com frontalidade; sem discussão, mas com debate; sem amizade colectiva, mas com uma equipa de trabalho. Assim seremos mais fortes e aí poderemos finalmente debater com os anciãos que as taxas são verdadeiramente injustas. Eu acredito em ti, não fosses o eterno inconformado. Vai e espalha estas minhas últimas palavras."

...
O resto da história cada um de nós pode fazê-la no dia-a-dia...

sábado, 1 de dezembro de 2007

Para Reflectir (IV)

As grandes obras são sonhadas pelos génios, executadas pelos lutadores, disfrutadas pelos felizes e criticadas pelos inúteis crónicos.

(Autor desconhecido)

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Eleições para a Ordem dos Enfermeiros - Secção Regional Norte

Li atentamente as duas Candidaturas para a Secção Regional Norte. A actual Presidente do Conselho Directivo da Zona Norte, a Enfermeira Margarida Filipe apresentou a sua recandidatura e encabeça a lista D. O Enfermeiro Germano Couto lidera uma lista (Lista A) que se candidata à Secção Regional Norte, uma lista que se demarca do panorama nacional e que apenas visa a zona norte.

Estive para dividir o post nos vários aspectos para não se tornar extensivo. Mas avaliarei a possibilidade de dividir nas posteriores avaliações das várias candidaturas. Como pensamento individual não direi qual das duas candidaturas gostei mais, por uma questão de isenção deste post.

Passamos então a análise dos dois programas de candidatura.


Motivação para a Candidatura:
A Enfermeira Margarida apresenta como motivação para a sua candidatura a experiência obtida no mandato anterior baseada na construção e consolidação da Ordem dos Enfermeiros. Assim, como a necessidade de garantir Melhor Enfermagem, Melhor Saúde. Assentam ainda a necessidade de uma envolvencia nacional em torno do Modelo de Desenvolvimento Profissional.

O Enfermeiro Germano aponta a necessidade da Secção Regional Norte da Ordem dos Enfermeiros ter uma maior afirmação institucional, política e social. Aponta ainda a falta de motivação para a participação, visibilidade, informação e debate dos enfermeiros e justifica isso na ausência de força na Ordem dos Enfermeiros, principalmente em políticas de saúde local e regional. Esta lista quer Trazer a Essência da Profissão à Ordem.



Objectivos de Candidatura
A Lista A tem como objectivos principais a regulação do exercício profissional, o controlo da qualidade dos cuidados de enfermagem, o controlo da qualidade na formação profissional, acompanhamento do desenvolvimento e autonomia da profissão, Mandato Social e as relações institucionais nacionais e internacionais.

A Lista D apresenta como objectivos o fortalecer a intervenção qualificada da SRN, nas várias componentes da política de saúde e dos sistemas de saúde regionais e nacionais, a intervenção qualificada nas políticas de formação a nível regional, reforçar a visibilidade externa e melhor a qualidade organizacional da SRN. Pretende dar continuidade e apostar na inovação.


Políticas de Formação
No que concerne a política de formação, a lista D propõe um acompanhamento dos princípios da Declaração de Bolonha, uma reflexão conjunta sobre a qualidade de ensino perante as actuais exigências no âmbito da saúde e do trabalho. Pretende ainda reforçar a relação com as Instituições de Ensino de Enfermagem da região, colaborar com o Centro de Estudos e Investigação (CEI). Defende ainda, a promoção da reflexão, junto das instituições de formação do Ensino Superior, com vista a decisão da integração da Enfermagem no Sub-sistema Universitário.

Por seu lado, a lista A apresenta-se disposta a garantir uma formação de nível Universitário, intervindo nas decisões políticas sobre o ensino de Enfermagem, fomentando o ensino e a prática de investigação em Enfermagem, com incentivos pessoais e profissionais, estimulando a formação com base nas competências definidas e fomentar a aproximação entre os planos curriculares e a realidade dos cuidados de Enfermagem, visando a agregação do ensino de Enfermagem à Universidade.


Exercício Profissional
A lista A, neste ponto, aponta no seu plano de acção que este deve assentar na valorização do contexto humano e profissional e na qualificação profissional. Deste modo, pretendem promover a: formação em serviço visando o desenvolvimento de competências específicas; identificação de competências do enfermeiro especialista, a capacitação dos enfermeiros para uma gestão eficiente para a gestão de serviços de enfermagem. Pretende também habilitar o enfermeiro para o empreendedorismo, estimular os serviços a definirem padrões específicos de qualidade de desempenho isentos de visão economicista e empresarial. Recompensar o mérito e brio profissional com incentivos para a continua formação e desenvolvimento de competências dos enfermeiros.
Pretendem assim promover a vida associativa do enfermeiro com iniciativas científicas, formativas e sociais, estimular a formação que tenha impacto profissional, criar a figura do interlocutor local para aproximar o enfermeiro à sua Secção regional, construir uma identidade profissional reconhecida e valorizada, promovendo a união e entendimento entre os membros e por último criando um departamento de acreditação de Formação Contínua com o objectivo de reconhecimento e valorização técnico-científica.
Por último pretendem acompanharam o desenvolvimento do exercício profissional dentro dos padrões de qualidade, propor metodologias de aferição da qualidade dos cuidados, estimular a autonomia da profissão pela qualidade dos cuidados, incentivar a competitividade profissional garantindo a manutenção dos princípios éticos e deontológicos, divulgar a implementação dos sistemas de informação em Enfermagem. Recomendar e exigir a dotação adequada de enfermeiros ao nível regional tendo em conta as necessidade locais.

A
Lista D por seu lado, propõe-se: a participar na implementação do modelo de desenvolvimento profissional, nomeadamente na definição de recursos e processos de suporte necessários ao planeamento, implementação, monitorização e avaliação; promover a melhoria contínua da qualidade dos cuidados de Enfermagem incentivando a investigação com a divulgação do Prémio Maria Aurora Bessa; desenvolvendo recursos relacionados com investigação, conhecimento e informação; criar o Centro de Estudos e Investigação; auxiliar a implementação dos Sistemas de Informação em Enfermagem; proporcionar formação nas áreas relevantes para o exercício através da divulgação de experiências, conhecimentos em vários eventos; promoção das visitas institucionais para acompanhamento do exercício profissional; elaboração de orientações para a prática de cuidados, para aprofundar e adaptar o REPE e Código Deontológico.
Pretendem ainda criar grupos de trabalho com vista à definição de domínios de competências específicas, avaliar a qualidade dos cuidados de enfermagem através do uso de Indicadores do Resumo Mínimo de Dados de Enfermagem, divulgar os resultados da avaliação da qualidade CE no que respeita à área de intervenção da SRNorte. Por último pretendem intervir junto das instituições de prestação de cuidados, no sentido de, garantir dotações seguras em cuidados de enfermagem.


Políticas de Saúde
A Lista D propõe a participar em programas nacionais e regionais decorrentes do PNS através do desenvolvimento de actividades, do incentivo e apoio à participação em projectos, da avaliação do PNS, participação pró-activa no redesenho das respostas às necessidades de saúde. Colaborar na criação do Gabinete de Análise e Planeamento para obter relatórios de análise. Monitorizar e auxiliar a Rede Nacional de Cuidados Continuados.

A
Lista A em relação a este aspecto não apresenta qualquer planeamento no seu plano de acção nem noutros aspectos similares. Assim sendo, contactei por email a lista para que pudessem explicar as suas ideias em relação a este aspecto. A própria candidatura contactou-me e explicou que pretende esperar pelo momento oportuno para tomar as rédeas e avaliar os estragos feitos para, depois, então, definir medidas sociopolitícas exequíveis, concretas e validadas para a realidade da Enfermagem portuguesa.


Mandato Social da Profissão
Neste último aspecto avaliado a lista do Enf. Germano quer cumprir o mandato social da profissão. Através da representação digna da Ordem e da SRN, sugestão da criação de uma Tabela de Preços de Cuidados de Enfermagem, evitando a exploração salarial e humana, criação de um departamento de produção e divulgação de material de informação e educação para a Saúde, intervenção com as forças vivas da sociedade promovendo a divulgação da promoção para a saúde e aproximando a SRN das populações, tornando a Ordem mais intervencionista ao nível dos órgãos de soberania regionais. Quer ainda, propor a existência de um Fundo Social, com base na quota mensal, para criar um "Espaço do Enfermeiro" nas instalações da SRN aproximando-as dos enfermeiros e submeter-se a avaliação contínua de desempenho do seu trabalho através da realização de inquéritos. Por último, quer criar um Bolsa de Emprego facilitadora da inserção profissional no mundo laboral na SRN.

A Lista da Enf. Margarida pretende contribuir para a visibilidade externa e consolidação no tecido social através da facilitação de acesso à informação do conhecimento relacionado com a enfermagem aos cidadãos. Intervindo na comunidade através da discussão dos cuidados de enfermagem. Acompanhando os processos legislativos e salvaguardando os direitos dos cidadãos no que diz respeito a cuidados de enfermagem de qualidade. Pretende também promover a qualidade organizacional da OE através da desenvolvimento de sistemas de informação e comunicação de apoio aos membros, promover a discussão na internet, criar um suporte de aconselhamento jurídico aos membros, dinamizar actividade de natureza lúdico-cultural, disponibilizar instalações aos membros, para a realização de eventos científicos/culturais de enfermagem e por último pretende criar estruturas de apoio e informação ao empreendodedorismo em Enfermagem.

Fidel afinal está de muito boa saúde

A América Latina pode dormir descansada porque afinal de contas Fidel não está a bater a bota. O apagamento do líder histórico cubano apenas fez surgir outro "democrata" do povo, o seu nome é Chavez.

Veremos se ao fim de 50 anos no poder os comunistas também vão dizer que ele é democrata e não há é oposição credível para o tirar de lá.

domingo, 25 de novembro de 2007

O Desporto Amador

Sobre esta temática existe imensa coisa que pode e deve ser referida, todavia apenas me vou reduzir a um pequeno conjunto de factores e situações decorrentes em Portugal.

Em Portugal com a excepção do Futebol, Basquetebol, Voleibol, Ciclismo e Andebol Masculinos todas as outras modalidades são amadoras. Existem, contudo, algumas equipas semi-profissionais e desportos semi-profissionais.

Nada tenho contra o desporto amador, aliás acho que é das formas mais belas de competição saudável e face a dificuldade de financiar algumas modalidades com pouco público e, como tal, pouco atractivas economicamente a investidores, penso ser a forma viável de existir e se fomentar o desporto.

A prática saudável de desporto proporciona, aos seus participantes, estratégias e uma actividade física que conduz a melhorias da condição de saúde da pessoa. Aliado a isto, o desporto enquanto prática colectiva fomenta o espírito de grupo, a união e participação harmoniosa em sociedade.

Parece-me que o desporto, enquanto prática amadora e complementar ao dia-a-dia deve ser estimulado e as colectividades devem conseguir apoiar este tipo de actividades de modo a poderem chamar a si, prestigio e contribuírem também elas enquanto agentes promotores de estilos de vida saudáveis.

Porém, também o desporto amador deve ter regras, e estas regras devem sobretudo garantir que equipas com um maior potencial económico não se sobreponham aquelas que não detêm capacidade para economicamente tornar a sua equipa competitiva. Isto é, não podemos falar ao mesmo tempo de um desporto com equipas semi-profissionais e outras amadoras, é falseada a verdade desportiva e acaba-se com a valorização que o esforço das equipas amadoras acabam por ter.

Parece-me portanto, que com a instituição de regras mais organizadas e defensoras da igualdade irão permitir que os clubes criem estruturas para que as pessoas pratiquem desporto desde jovens e assim sendo se formem podendo depois entrar numa estrutura sénior amadora. Exemplo, disto é o projecto do Voleibol do S.C.Braga, ao qual dedico este pequeno texto, pela capacidade que teve para ao longo dos tempos construir uma equipa que passo por passo chegou ao topo do panorama nacional de Voleibol Feminino. Formadas maioritariamente no S.C.Braga estas jovens têm ombreado, na presente época, com equipas semi-profissionais, algumas delas constituídas exclusivamente por estrangeiras. É contudo, interessante observar o crescimento destas jovens pela primeira vez na primeira divisão nacional e que jogo após jogo mostram que nem sem os euros falam mais alto.

Parabéns ao S.C.Braga Voleibol e a todas as colectividades que fomentam o desporto amador. Pois é este desporto fundamental para que a população adquira hábitos de saúde e de prática que lhe permita manter padrões de bem-estar elevados.

sábado, 24 de novembro de 2007

Para Reflectir (III)

"A verdade é raramente pura e nunca simples."

Oscar Wilde

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Eleições para a Ordem dos Enfermeiros

Tendo em conta as eleições para a Ordem dos Enfermeiros irei fazer a minha análise às várias Candidaturas apresentadas de uma forma isenta e imparcial e sem querer influenciar votos.

Próxima Segunda-Feira - Secção Regional do Norte

Lista A - Liderada pelo Enf. Germano Couto
Lista D - Liderada pela Enf. Margarida Filipe

Acerca de "Cunhas"

Coloco aqui um texto que encontrei no Fórum Enfermagem colocado por um colega enfermeiro.

"Exmo. Senhor Ministro da Saúde Correia de Campos,

Sou uma pessoa que concluiu, este ano, a Licenciatura em Enfermagem e venho, com grande embaraço, pedir-lhe emprego.

Eu sei que é um pedido estranho mas foram pessoas que já estão a trabalhar na área que me aconselharam a fazê-lo. O que me têm vindo a dizer é que devo pedir uma “cunha”. No início desconhecia a palavra e então fui ver ao dicionário e encontrei isto: “instrumento de ferro ou madeira, para fender pedras, madeira, etc.”. Mesmo a achar estranho, fui à procura de uma mas não encontrei na minha cidade e não podia ir a outra pois os meus pais não me tinham dado dinheiro suficiente. Os meus pais, coitados, já me deram tanto dinheiro durante o curso (imagine a darem 970€/ano no mínimo, mais dinheiro alojamento, alimentação, livros, fotocópias e outras coisas) e agora para cartas, avisos de recepção, fotocópias, autenticações, etc. só para concorrer para listas de espera para trabalhar. Ai, peço desculpa pelo desabafo. Voltando à “cunha”. Como disse não encontrei nenhuma “cunha” e desisti.

Passados uns 3 meses de ter acabado o curso decidi ir trabalhar para outra coisa sem ser enfermeiro, para não pedir mais dinheiro aos meus pais. Fui, então, a um shopping na minha área de residência, ao Dolce Vita que de certeza que deve conhecer, e entrei numa loja de sapatos para crianças. Entreguei o meu curriculum vitae, onde não ocultei a minha Licenciatura em Enfermagem, a Dona da Loja disse logo “Um Enfermeiro a pedir emprego numa Sapataria, está assim tão mal?”. Após uns 3 minutos de conversa ela diz logo para começar no dia seguinte. No primeiro dia fiquei com ela em integração e em conversa ela perguntou porque não arranjava uma “cunha” para os hospitais mais pertos, ao que respondi que não encontrei nada mas que o pedreiro, meu vizinho, sabia de uma loja que vendia umas. Logo a Dona começou a rir-se e então perguntei porquê tal gargalhada. Prontamente me explico que “cunha” também significa pessoa que consegue pedir a que admite os Enfermeiros nos Hospitais ou outra entidade de saúde para os colocar à frente de outros ou simplesmente lhe dar emprego.

E então pensei: como não conheço ninguém assim por que não pedir ao Ministro da Saúde, o mais indicado para esta situação e que tem o mesmo apelido que eu, para que fosse a minha “cunha”? É esse o motivo pelo qual lhe mando este e-mail a pedir-lhe emprego. Posso dizer-lhe que não tenho experiência profissional, pois os estágios académicos não contam. No entanto, posso dizer-lhe que tenho imensa experiência em Pediatria por trabalhar neste momento numa loja de calçado para crianças, em Ortopedia por que vendo sapato formativo e ortopédico e em Infecciologia por que vendemos palminhas anti-bacterianas e anti-fúngicas.

E agora você deve estar a questionar-se o porquê de ainda não ter um emprego como Enfermeiro tendo eu esta experiência toda e se me candidatei aos concursos que abriram. Eu candidatei-me mas tenho ficado em 300º lugar ou em outros em 1000º lugar. E com poucas vagas (eu compreendo que você tem uma cota definida para meter “cunha”) é difícil ficar com um emprego. Eu penso que fico com esta classificação porque a maioria têm mais experiência em Sapataria, Bares, McDonald’s, entre outras coisas do que eu. O facto de concorrem muitos Enfermeiros penso que se deve ao facto de ainda pensarem que “cunha” significa “instrumento de ferro ou madeira, para fender pedras, madeira, etc.”.

Sem mais nenhum assunto termino este e-mail pois quero chegar cedo à passagem de turno da loja. E ainda tenho muitas coisas para fazer hoje, pois em um mês sou como um gerente da loja, disse a Dona da Loja que tinha excelente capacidades e que os serviços de saúde perdiam muitos em não me ter. O mesmo dizem os Clientes, a quem faço questão de dizer que sou Enfermeiro pois sei lá se qualquer diz não aparece na loja um parente seu e me ajude.

E deixo-o, então, com este meu pedido e rezo, agarrado à “cunha” de metal que comprei com o meu primeiro ordenado na loja, que me consiga algo urgentemente.

Cumprimentos,
Um Enfermeiro perto de si"

Dos Tempos do Império Romano...

Longe vai o tempo em que Bracara Augusta deixou de pertencer ao Império Romano, um Império decadente e que não se conseguiu segurar no tempo. Todavia, há por terras aqui do burgo quem ainda relembre a história.

«Hoje vou contar uma história. Então é assim: era uma vez um imperador e um construtor. O imperador governava há mais de 30 anos e dizia-se que o seu âmbito de influência já tinha ultrapassado as suas competências de governante, a ponto de, em surdina, recaírem sobre ele suspeitas…

Este imperador, como homem que gosta das coisas da sua terra, sempre se empenhou muito no circo da cidade e sempre procurou colocar na liderança do mesmo pessoas da sua confiança. Ao longo de muitos anos, apesar dos esforços do imperador para que o circo fosse bem sucedido, este passou por vários momentos de instabilidade directiva e financeira. Até que um dia, o imperador conseguiu recrutar para o seu circo um jovem construtor de sucesso.

Apesar de não ser grande adepto do circo da cidade (era conhecido por gostar de outro, numa localidade próxima) o construtor conseguiu, em poucos anos, resultados históricos a todos os níveis, tornando o circo uma referência além-fronteiras, quer na qualidade dos espectáculos, quer na gestão financeira.

Tudo correu bem até um dia. O construtor teve uma birra com o imperador: ou era fortemente apoiado pelo império para edificar uma academia de circo, ou então batia com a porta! O imperador, pouco habituado a ultimatos, não gostou. Inicialmente, deu a entender que não cedia a birras e caprichos. No entanto, o esforço de algumas semanas para encontrar um substituto para a liderança do circo foi infrutífero. O construtor tinha colocado o circo num patamar tal, que era difícil ser substituído sem comparações ou sem o risco de se voltar à instabilidade do passado. E o imperador não queria chatear-se muito com o tema.

Perante tal situação, o imperador cedeu e fez a vontade ao construtor e este continuou como líder do circo. Mas com uma contrapartida: o construtor teria que dar trabalho ao filho do imperador. Acordo selado, o filho do imperador começou a trabalhar no departamento comercial do circo. Qualquer semelhança com alguma realidade é pura coincidência. Ou não…»

Daniel Lourenço no Diário do Minho 21 Novembro 2007

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A Estranha Incoerência do PCP

Estive mesmo tentado a não escrever este post, mas não resisti.

Então Sr. Jerónimo apoia as posições do senhor Hugo Chavez? Como é coerente que um partido que acusa o Governo Português de não dialogar, de não ouvir os outros, de ser um governo autista e autoritário baseado na sua maioria absoluta, apoiar um Senhor que usa de todo e mais alguma coisa para calar as vozes contestantes?

Se calhar o PCP deveria tentar fazer oposição na Venezuela! Possivelmente o sr. Chavez a eles, não os mandaria calar com a polícia, se calhar ia ouvi-los. Ou então, porque este senhor é o novo Ditador do Século XXI.

domingo, 18 de novembro de 2007

Estará o Associativismo Estudantil a morrer?

Dedico esta pequena reflexão aos jovens que ainda lutam para que a resposta a esta pergunta não seja afirmativa.

Longe vai o 25 de Abril, que teve numa das suas bases de criação, o movimento estudantil que não se confromava com as políticas da Ditadura e que fez de tudo para conquistar a liberdade. As manifestações de 1961 ditaram muitos presos, porém, os estudantes marcaram uma posição bem clara. Não concordavam, não aceitavam, não podiam tolerar as políticas levadas a cabo pelo governo.

Os estudantes, principalmente os do Ensino Superior, primaram no pós-ditadura pela constituição de movimentos organizados que permitem debater, intervir e reivindicar. As Associações de Estudantes foram crescendo, ganharam peso e poder social. Eram ouvidas. Com isso, foram conquistando destaque no governo das instituições do Ensino Superior. Estando presentes em todos os órgãos de governo das Universidades e Politécnicos.

Contudo, os filhos da democracia foram crescendo, e a irreverência estudantil foi diminuindo. Verifica-se nos últimos anos, uma diminuição cada vez mais da participação estudantil. Exemplo disso é a Universidade do Minho. Longe vão os tempos onde havia três listas para a Associação Académica, num universo de 17000 estudantes, votam cerca de 3000. De eleições duras e renhidas, atingimos este ano o menos lógico. Em 17000 estudantes, apenas cerca de 40 se mostram dispostos a tomar as rédeas de uma das maiores Associações de Estudantes do País, sim porque ao que parece, apenas 3 listas se apresentaram a estas eleições, interessante ou não é número de órgãos a eleger (Direcção, Conselho Fiscal e Jurisdicional, Mesa da RGA).

O fundo parece estar a ser cavado, não pelas pessoas que estão nos órgãos de gestão das associações, mas pelos próprios estudantes. Cada vez, mais o extra-curricular é desvalorizado pelos estudantes. A pressão económica de atingir resultados, faz com que se perca a vontade associativa, a vontade de conhecer o que está para além do curso.

Que alternativas? Que caminho devem os estudantes tomar? O do conformismo? O de deixar andar e penar?

Aos jovens pede-se que sejam próprios da sua idade, isto é, irreverentes, interventivos e participativos. Não se lhes pede que apenas alimentem o seu espírito nocturno e sua folia académica.

Dos jovens espera-se que não se conformem com o que não concordam. Que intervenham, que lutem, que opinem. Não se espera que fiquem calados.

O País precisa de Associações fortes, que lutem, que disponham um pouco da sua vida pessoal para construir um país melhor, um país sem autocracia, em que quem não concorda, não se conforma, mas MANIFESTA-SE!

Estudantes lutem pelo que vale a pena lutar e nunca se conformem. Façam o vosso próprio 25 de Abril. Portugal agradecerá...

sábado, 17 de novembro de 2007

Para Reflectir (II)

"Apenas se vê bem com o coração, pois nas horas graves os olhos ficam cegos."

Antoine de Saint-Exupéry

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

O Espaço Cultural de Braga

Esta pretende ser uma reflexão completamente isenta, mas como visão crítica daquilo que é a cultura em Braga.

Braga cresceu indubitavelmente nos últimos anos em termos de cultura. Porém, podemos questionar se terá sido este crescimento cultural adequado às necessidades da cidade. Não me parece que a resposta possa ser afirmativa, senão vejamos: o Teatro Circo demorou quase 10 anos a ser construído, durante esse tempo, Braga apenas possuía a pequena sala existe no Parque de Exposições.

Neste momento dispomos de uma sala de espectáculos de âmbito nacional. Reconhecida Nacional e Internacionalmente. Dispõe de um cartaz apelativo e destinado a vários gostos. Não apoio aqueles que dizem que não está ao serviço de todos e muito menos a carteira de todos. Parece-me que isto reveste-se de todo o panorama nacional e o preço dos espectáculos está a esse nível. Contudo nem tudo é bom no Teatro Circo. Saliento claro, a inflexibilidade para negociar com os Grupos Culturais da Universidade do Minho. Também eles grandes dinamizadores da Cultura Bracarense. Espera-se rapidamente que esta política mude de modo a que as Tunas possam voltar a abrilhantar o Centro da Cidade tornando os Festivais de Tunas não meros espectáculos de sala. Mas toda uma envolvencia que poderia dinamizar a cidade.

Feita a avaliação daquele que é o "cabeça de Cartaz Cultural" da Cidade de Braga, passamos agora a avaliar aquele que nos últimos três anos pegou as rédeas da cultura bracarense. Refiro-me claramente ao Estaleiro Velha-a-Branca. Este estaleiro apesar de um espaço reduzido, consegue ter uma panóplia de actividades culturais de fazer inveja. Está certamente na vanguarda e pedia-se mais, muitas mais Velhas-à-Branca.

Fiquei na dúvida sobre qual vertente cultural falaria em seguida. Mas vou falar daquele que acho que é dos mais subaproveitados em Braga. Falo do Mercado Cultural do Carandá. Encerrou-se à alguns anos o mercado do Carandá que se encontrava degradado. Procedeu-se a sua requalificação. Diga-se muito bem feita, mas falta algo. Aquele mercado pouco apelativo é. E ou se deve a falta de aptidão dos bracarenses para este espaço ou então a falta de um verdadeiro chamariz para aquela zona da cidade. A verdade é que se enquadra numa zona, próximo de uma Discoteca emblemática da cidade (que falarei mais a frente) e de uma escola de 2º e 3º ciclo de ensino. De resto é rodeada por um Centro de Saúde e urbanização e mais urbanização. Falta apostar, na total requalificação do resto do mercado do Carandá. Para que este espaço se possa tornar um verdadeiro espaço cultural atractivo para a população Portuguesa.

Outro espaço que quero também destacar é o Conservatório de Música Calouste Gulbenkian. Tem uma formação e investe bastante na formação cultural dos jovens. Parece-me é que esta escola está um pouco fechada em torno de si mesma. Penso que uma maior abertura poderia potenciar a cidade e a instituição.

Poderia terminar referindo aos museus da cidade. Desses tenho a afirmar que é necessário uma maior divulgação. Penso que a falta de uma linha de divulgação, reduz um pouco a potencialidade destes.

Também num aspecto cultural que por vezes é esquecido pelos analistas e a que me vou reportar é a actividade cultural nocturna bracarense. Reduz-se a muito poucos espaços agradáveis, e a outros que por vezes não se encontram nada de acordo com as normas nacionais. Urge reabilitar também esta área para que os bracarenses não se desloquem para outros pólos culturais de outras cidades, mas que também Braga seja atractiva para jovens de fora. Lufada de ar fresco, é o recem criado Teatro Café, que através dos seus concertos de Jazz, poderá ser mais uma alternativa impulsionadora da cidade.

Mas o verdadeiro destaque, para mim, é sem dúvida a Universidade do Minho, não só pelos seus funcionários, quer pelos seus estudantes. Os Grupos Culturais, as duas Bibliotecas, o Museu Nogueira da Silva são alguns dos exemplos que a Universidade fornece à cidade. Porém, nem sempre se vê uma grande ligação entre esta e os cidadãos bracarenses.

Em suma, Braga precisa de mais e de uma maior qualidade cultural, condicente com o seu estatuto de terceira maior cidade do país. É necessário criar uma ligação concertada entre a CMB e as entidades em seu redor de forma a atrair a Braga, um pólo cultural que poderá ser também ele impulsionador da nova cultura. Exemplo, é a instalação da FNAC em Braga. Não falei dela, pois abriu hoje e como tal, teremos de esperar para ver qual será o impacto desta na vida dos bracarenses. Espero que não seja esta uma desculpa, para que outras actividades já instaladas que deixem de se realizar.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Novas da Enfermagem

IV Jornadas da AEESECG - A realizar em Braga na Universidade do Minho nos dias 14 e 15 de Dezembro, com a temática - "Cuidados de Saúde Primários - A Chave para Mais Saúde". Mais informações aqui.

Site de recandidatura da Enf. Maria Augusta Sousa online, apesar de ainda ter lacunas sobre os candidatos.

Blog do Enf. José Azevedo enquanto candidato à Ordem dos Enfermeiros. Tem posições muito interessantes acerca de cuidados de enfermagem.

Blog de candidatura da equipa do Enf Germano à Secção Regional Norte da Ordem.


terça-feira, 13 de novembro de 2007

Ainda Acerca do Endividamento Autárquico

Surgem hoje, nos diversos meios de comunicação social, ecos das notícias acerca do endividamento Camarário.

O Vice-Presidente da Câmara de Gaia, desafia o Governo a divulgar a lista dos financiamentos das autarquias à administração central, em paralelo com as dívidas dos municípios. "“São os terrenos para escolas, esquadras da PSP e postos da GNR, centros de saúde e instalações do mais variado tipo que as autarquias cedem ao estado”, frisou Marco António Costa, para quem “era bom que o Ministério das Finanças publicasse também esta lista para que os portugueses possam ter uma ideia sobre o que deve o Estado às autarquias”. “A transparência deve funcionar para os dois lados”, sublinhou.
Marco António Costa afirmou-se surpreendido quanto à publicação desta lista revista até porque - disse - “a Câmara de Gaia não recebeu qualquer notificação quanto às justificações que enviou ao Ministério das Finanças em devido tempo”. “Gostava também que o Ministério das Finanças dissesse à Câmara de Gaia quando é que vai pagar os 13 milhões de euros que nos deve, de dívidas diversas, de que somos credores”, acrescentou. Com o pagamento deste montante reclamado, a Câmara de Gaia, afirma Marco António, sairia facilmente da lista negra do endividamento excessivo, que ascende a 11,3 milhões de euros.

Os quatro municípios do distrito de Viseu que ultrapassaram os limites de endividamento em 2006 vão interpor uma providência cautelar nos próximos dez dias, avançou o presidente da Câmara Municipal de Mangualde. A câmara de Santa Comba Dão (PSD/CDS) também vai reclamar da decisão. “Vamos reclamar nos próximos dez dias e vamos alegar que terão de ser consideradas as justificações apresentadas, pois estão perfeitamente fundamentadas”, adiantou o presidente da autarquia, João Lourenço.

ANSIÃO – O presidente da Câmara Municipal qualificou uma “ingerência do Governo na autonomia financeira das autarquias” a retenção de verbas de transferências nos casos de excederem os limites de endividamento. “É uma medida discriminatória do poder local. As autarquias não são responsáveis pelo défice do Estado. Não é com este tipo de atitudes que se incrementa o desenvolvimento do país e se dá autonomia às autarquias”, declarou Fernando Marques.

LOURINHÃ – A Câmara contesta o facto de estar entre os municípios que ultrapassaram o endividamento líquido e pondera processar o Estado por anunciar cortes nas transferências quando não está ainda regulamentada a via para a retenção das verbas congeladas. “É uma atitude ilegal da parte do Estado porque não está ainda regulamentado o fundo de regularização municipal”, disse José Manuel Custódio (PS).

OURIQUE – O presidente do município de Ourique, Pedro do Carmo (PS), criticou a aplicação “cega, nua e crua” da Lei das Finanças Locais, justificando o excesso de endividamento da autarquia com o pagamento de facturas antigas

Mondim de Basto paga algumas dívidas
O presidente da Câmara de Mondim de Basto, incluída na lista, disse que a autarquia vai conseguir pagar algumas das suas dívidas nos próximos tempos. O social-democrata Pinto de Moura sustentou que a situação de ultrapassagem dos limites de endividamento se deveu “a atrasos na chegada de fundos comunitários destinados a pagar projectos em curso no concelho”.

Ainda acerca deste assunto, a criação de parcerias público-privadas para ultrapassar o limite de endividamento é criticado pelo PSD de Braga, sustentado com base em opiniões de especialistas como Saldanha Sanches e Medina Carreira. via Avenida Central.

Porque será que o Governo Português gosta sempre de divulgar apenas o que lhe convém.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Endividamento Autárquico

Foi conhecido hoje os montantes que as diversas autarquias têm de dividas. Verdadeira novidade é o facto de a tão badalada CMLisboa não ser a que apresenta maior dívida, mas surge em segundo, atrás da Câmara Municipal de Gaia.

Os Gaienses reconhecem uma bela obra e cheia de sucesso a Luís Filipe Menezes. Porém, como reagirá o recém-eleito Presidente do PSD à guerra política que será gerada em torno deste facto?

Será que com Menezes no Governo voltaremos a ver o deficit e a despesa pública a subir? Eu acredito em tudo, mas acho que pior é impossível.

domingo, 11 de novembro de 2007

Mais Coisas Caricatas neste Mundo da Enfermagem

Algumas coisas engraçadas se encontram na internet com um pouco de pesquisa. Em conversa com o amigo DoutorEnfermeiro acerca de um dos seus últimos posts, encontramos algumas coisas curiosas em diversos planos de estudos de cursos de Enfermagem (será que merecem Enfermagem com maiuscula?).

Vale a pena consultarem os Planos de Estudo... originais!

Mais uma vez, obrigado ao DoutorEnfermeiro pela defesa da Enfermagem de Qualidade.

A Psicologia das Coisas

A mente é fascinante. Exploradora, imprevisível, sonhadora. Com ela tudo podemos sonhar, tudo podemos imaginar.

Porém, também é ela que impede que o desanimado volte rapidamente ao seu estado normal, é ela que bloqueia a necessidade de uma auto-estima aceitável.

A mesma mente que encanta às vezes, outras desilude. Estagna, não luta, não se manifesta. Caí na incúria e deixa que a mente de outros, mais fortes, menos acatados decidam tudo sem lutar.

Esta mente tão estranha de compreender, tão difícil de aceitar. Tão variável. Esta mente que faz de alguns os vencedores e de outros os vencidos.

Será que a maioria tem a mente para lutar? Ou continuaram parados à espera que os outros decidam por eles?

sábado, 10 de novembro de 2007

Para reflectir...

"Não basta chegar ao cume. É preciso também voltar vivo. Sem conseguir descer, a missão fica pela metade"

John Mallory

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Obrigado Senhora Enfermeira por também lutar comigo

Transcrevo o Texto que a Senhora Enfermeira Margarida de Barros enviou para o Diário do Minho e intítulou de Carta aberta às(aos) enfermeiras(os).

"Colegas Enfermeiras(os), chegou o momento da nossa intervenção e luta pela defesa do nosso presente e do nosso futuro. Isto é um apelo a todos os Enfermeiros deste País para que não continuem apáticos, sem opinião, sem motivação. Se estás acomodado ou acomodada na tua vidinha profissional... desacomoda-te porque estás a perder. Por quanto tempo mais pensais que o que foi conquistado desde 1976, se vai manter? Que transformações se poderão avizinhar e que nos afectarão? Acordem...

Custa-me perceber o pouco caso que os Enfermeiros instalados fazem dos problemas da classe: se estou bem... deixem-me estar; se estou mal... nunca pior... não estou para me ralar... até quando? Custa-me constatar que as greves não têm a adesão esperada, porque os Enfermeiros ou têm medo ou receiam o peso no ordenado cada vez mais minguante; custa-me ver a indiferença com que encaramos as perdas, os retrocessos da profissão de Enfermagem.

Custa-me admitir a indiferença dos sucessivos Governos perante uma classe, que é um dos motores reais do sucesso do Sistema Nacional de Saúde, mas que por eles não é considerada importante no que se refere às mudanças e à evolução da Saúde em Portugal.

Custa-me ver a invisibilidade da Enfermagem a que os órgãos de comunicação nos votam; custa-me a ver que, num momento grave e de crise da classe, os órgãos de comunicação social não tratam a nossa ordem profissional como as ordens que existem noutros sectores.

Custa-me saber da degladiação entre os Sindicatos de Enfermagem, que deveriam lutar realmente por nós; custa-me verificar que as negociações Sindicatos/Governo por uma carreira dignificante, por uma tabela retributiva digna, por contratações laborais honrosas, ficam em águas de bacalhau, paradas, esquecidas.

Custa-me ver os jovens Enfermeiros a mendigarem um lugar ao sol e a sujeitarem-se a condições de trabalho e contratuais degradantes; custa-me ver o capital humano e científico dos jovens Enfermeiros ser renegado neste País; custa-me verificar que a Ordem dos Enfermeiros, criada para realmente dignificar a classe dos Enfermeiros, ainda se não pronunciou publicamente sobre esta espécie de vergonha nacional a que os profissionais de Enfermagem estão a ser submetidos.

Os Enfermeiros deste País têm alto potencial: têm conhecimento técnico-científico, capacidade elevada de investigação, produzem conhecimento científico, produzem trabalho de qualidade e são o garante das boas práticas e da humanização da prestação de cuidados... e não são reconhecidos como forte elemento do Sistema Nacional de Saúde!

É a hora de a Ordem dos Enfermeiros e dos Sindicatos de Enfermagem darem as mãos em prol da classe; queremos uma Ordem de Enfermeiros viva, actuante, atenta e vigilante; queremos sindicatos em uníssono, dinâmicos, intervenientes e unidos por nós; mas para isso, temos nós próprios que estar vivos, actuantes, atentos, vigilantes... só com a acção conjunta de todos é que os Sindicatos unidos terão a força de que precisam, para negociarem com o Estado os interesses e direitos dos Enfermeiros. Só com a acção conjunta de todos, é que a Ordem dos Enfermeiros será a nossa Ordem e não apenas a de alguns.

Dia 13 de Dezembro vai haver eleições para a OE... Não adormeçam colegas! Actuem! Não podemos continuar a ser o parente pobre do Sistema de Saúde, quando somos imprescindíveis a esse sistema...

Acordem Enfermeiros(as); lutem por vós e pelos que hão-de vir; não deixem que nos hipotequem o presente e o futuro da profissão; não continuem invisíveis..."

in Diário do Minho 8/11/2007

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Manifesto Contra o Futebol de Sofá

O Futebol de Sofá é uma epidemia que os dirigentes desportivos estão a fazer alastrar sem precedentes. Os preços anunciados para os associados do Sporting Clube de Braga na recepção ao Bayern de Munique são um escândalo que merece ser denunciado e repudiado por todos quantos gostam do futebol.

No próximo Domingo, os adeptos arsenalistas vão dar uma mostra da sua força ficando no interior das bancadas do Municipal de Braga até ao 5º minuto da partida com o Sporting.C.P. O intuito é demonstrar aos dirigentes do clube a indignação por esta política de afronta aos associados. Adicionalmente, é sugerido aos adeptos que tragam lenços negros. Ambas as iniciativas surgiram de forma espontânea e estão a ser promovidas pelo blog BragaSempre.

Ajudem-nos a divulgar esta iniciativa e juntem-se a nós na onda de protesto.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Acerca do Dia da Escola da ESE-UM

Amigos,

Proponho que para o ano a AEESECG não execute actividades culturais no Dia da Escola. Aliás, proponho que não exista sequer Dia da Escola. Que se aproveite esse dia com aulas normais, para que os alunos possam não ter os horários tão sobrecarregados.

Como sabem, pelo menos aqueles que comigo falam ou que comigo estiveram enquanto fui da AEESECG, defendo e defenderei a participação cívica dos estudantes. Esta é a única forma de se conseguir uma rampa de lançamento para a mudança. Algo que faça na verdadeira essência da palavra ser o meio de marcar a diferença numa sociedade amorfa.

Meus amigos, entendam isto: ser enfermeiro já não é ter três ou quatro empregos. Ser enfermeiro é estar em casa a penar para ter um local onde trabalhar, um sitio onde se possa desenvolver os conhecimentos que foram ensinados no banco da escola e em todos os pontos de aquisição de conhecimento que nos foram dando saber que precisamos para o desenvolvimento da profissão.

Não é novidade, mas o desemprego em Enfermagem existe.

Urge então que os enfermeiros e futuros enfermeiros se adaptem, se agrupem, pensem e adquiram estratégias de defesa. Não de uma defesa corporativa da profissão e do posto de trabalho. Mas de uma defesa de qualidade, qualidade esta que terá de assentar em pilares que não se adquirem só nas disciplinas (agora apelidas de unidades curriculares).

O Enfermeiro do futuro será aquele que conseguirá crescer com todas as suas experiências, aquele que adquirir não só o conhecimento científico e técnico ministrado na escola.

O Enfermeiro do futuro terá de ir buscar conhecimentos a todas as áreas, terá de aprender tanto numa sala de aula, como numa discussão política, como numa actividade cultural, como numa actividade associativa.

O Enfermeiro do futuro não pode ter medo dos projectos, não pode ter medo de se chegar a frente, de enfrentar com espírito empreendedor os desafios que a sociedade lhe coloca.

Amigos, mentalizem-se não é por ter sido conferencista no Dia da Escola que escrevo estas palavras. Escrevo-as como escreveria quando estava no meu terceiro ano. É vergonhoso ver que os estudantes não compreendem a importância de uma actividade científica que lhes proporcionará coisas que não vão nunca aprender num banco da escola.

Por último, é com muita pena que vejo que a Comissão Organizadora não desempenhou o seu papel da melhor forma possível. A divulgação foi nula e se se culpa os estudantes por não participarem, também tem de se culpar a organização por não os motivar. Parabéns por último à AEESECG, uniu-se em torno de um objectivo, organizar um bom Dia da Escola em conjunto com esta. Esteve muito perto do brilhante, e é de louvar que alguns dos seus membros tenham dormido 2horas para que tudo corresse bem.

Pensem nestas palavras, comentem-nas, contra-argumentem contra elas, mas não se deixem estagnar, não fiquem mais uma vez no vosso canto.

A Enfermagem precisa de vós! Estais dispostos a aceitar o desafio?

domingo, 4 de novembro de 2007

Os Senhores da Verdade

Quem me conhece sabe que é preciso chegar a tamanha revolta para expressar tamanha ironia que irá preencher as próximas linhas.

Não podia deixar de dar os parabéns a quem efectivamente manda neste país. Senhor Socrates, hoje não é você o meu bombo. Mas, sim os jornalistas.

Aqueles senhores que dantes escreviam no seu bloco e depois dactilografavam em máquinas de escrever rudimentares. Felizmente ou infelizmente, a sociedade evoluiu, deu-lhes o computador e o gravador, para que pudessem melhor relatar os factos. Tal e qual, eles aconteceram, com isenção jornalista e com a transmissão da verdade.

Poder sagrado. Estes senhores fazem o que querem, lançam os boatos que querem, queimam A, B ou C com meias verdades (quando não são apenas e só mentiras). Publicam histórias de ficção, deturpam declarações, nem tendo o cuidado de retirar a citação.

Ups tinha dito que iria ser irónico, pelos vistos estou a ser directo. Mas o poder que a sociedade lhes dá, a força e poder que dão para atacar e destruir tudo o que não compreendem, causam-me repulsa.

Honra a todos os Jornalistas que dia após dia, trabalham e não podem ser revistos neste mundo de manipulação, falsidade e mentira. Esses sim, merecem ser lembrados e sublinhados com maiúsculas. A grande dúvida que deixo a esses: Será que em vocês, alguma vez, o povo enganado acreditará?

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

O Espírito do Preguiçoso

Preguiça ou habituação?

Num país que se quer lutador, dinâmico, empreendedor, disponível, vemos hoje, dia de feriado religioso, uma imprensa que dá destaque a um fim de semana prolongado. É hoje sexta-feira? Ou será que mais uma vez está a imprensa nacional a apelar a mentalidade portuguesa do adiar, não fazer e do ócio?

Assim não vai o país para a frente.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A Queda do Império?

Pensarão alguns de vós que este texto será um espelho de algo distante, talvez remoto a um país longínquo. Estão errados, para aqueles que como eu são de Braga, não poderiam estar mais perto.

Braga é um Império decadente, filho de uma Revolução que nunca chegou a acontecer nesta cidade. O seu poder não sai das mãos da mesma pessoa à mais de trinta anos. Dizem alguns que o trabalho deste edil na autarquia bracarense é louvável e deixa obra. Aceito que o digam, porém a que custo?

Onde está o belo Campo da Vinha repleto de árvores? Foi substituído por um parque de estacionamento e algo que dizem ser arquitectonicamente belo, não vejo onde, vejo sim betão e mais betão.

Onde está o novo Hospital de Braga, prometido há quase 20 anos? Não está, irá avançar no próximo ano, fruto de pressões da autarquia bracarense? Não me parece.

Onde está a requalificação do Parque da Ponte, tornando-o o verdadeiro ponto verde e dinâmico da cidade?

Para que freguesia irá o maior parque de diversões do país? Também não será em Braga, vai para Penafiel.

Quais são os transportes públicos mais caros do País? Está é fácil senhor Mesquita, chamam-se Transportes Urbanos de Braga.

Há assaltos na zona da Universidade do Minho, os cidadãos pedem policiamento... Que faz a policia? Operações Stop na referida zona. Sabe como é senhor Presidente, os ladrões andam de carro e em excesso de velocidade e com documentos roubados.

Porque demorou uma obra pública mais de 10 anos a ser feita? Porque é o Teatro Circo o único espaço de dinamização cultural da CMB? Porque não publica a CMB no seu Diário Digital as actividades culturais desenvolvidas pelas Associações de Estudantes de Braga, mesmo após pedidos insistentes destas? Não será a Cultura da Cidade importante? Ou será que é preciso de ser do partido para ter tal divulgação?

Porque é que nesta cidade impera o feudo, em que o Senhor Imperador eleito democraticamente por aqueles que vêem o donativo e a cacicagem como o tapa-buracos, a promessa vã e oca. Como tem sido enganado o povo bracarense. Fieis ao único imperador que tiveram, que nasceu e vive no presente, mas que comanda e dita como se no passado estivesse.

Espero que o Rio da mudança leve finalmente Braga para a frente e que deixemos de falar de Braga como o local onde é segundo o Slogan é bom viver, mas que passem a ser os cidadãos de Braga a dizerem: É BOM VIVER EM BRAGA.

Rumo a 2009.

As Alterações Climatéricas - Reunião de Bali


Decidi voltar a escrever hoje, após algum alivio de tempo, falando de um assunto que é focado todos os dias.

Há poucos dias atrás, as Nações Unidas lançaram um alerta da necessidade de se efectuar alterações nas politicas ambientais urgentemente sob pena que caso tal não seja feito atempadamente, os problemas do planeta serão irreversíveis.

Fruto da Presidência Portuguesa da União Europeia, que parece estar a ser das poucas coisas boas que este governo consegue fazer, reuniram-se lideres mundiais em Lisboa para falarem e prepararem a Reunião de Bali que irá falar das alterações climáticas.

Será desta? Será desta que o interesse económico do Mundo irá ser posto de parte e efectivamente passaremos do papel a acções concretas?

Eu, cá por mim tenho medo, tenho medo que imagens como esta possam desaparecer de vez.

domingo, 21 de outubro de 2007

As Promessas Eleitorais

Inspirado pelo acordar tardio e face a mais uma noticia em que o novo líder do maior partido da oposição critica o governo pela inoperância em relação a erradicação dos bairros de lata,um das grandes bandeiras de campanha.

Não é para apoiar a oposição que irei escrever este texto, mas sim para alertar para o maior problema da Democracia e por consequência dos políticos que vivem em democracia. Qual é o político que em algum momento não fez promessas que não pode cumprir? Exemplos deste governo: não aumentar impostos, continuação das SCUTs sem custos para o utilizador, a erradicação das barracas, a criação dos 150.000 empregos. Onde estão essas propostas? O que começou a ser feito para resolver estas situações?

Esta forma recorrente de populismo parece-me ser a mais grave de todas. Interessante ou não foi Luís Filipe Menezes, tido por muitos como populista, a denunciar estas situações. Será que fará ele estas promessas em campanha eleitoral?

Os meios políticos precisam urgentemente de aceitar e entender que não é com políticas vãs que vão conquistar a compreensão e participação das pessoas. Não é assim, que se cultiva a sociedade e se inspira que esta seja processo activo no crescimento do país. Urge mudar.

sábado, 20 de outubro de 2007

Amnistia Internacional

Faz alguns dias recebi um email com este video que demonstra um pouco do que penso ser o poder das pessoas. Nomeadamente o poder de uma assinatura.



Uma Nova Étapa

Após largos meses em que este projecto se viu encerrado na gaveta, aliás incutido no espirito português que teima em enfiar na gaveta todos aqueles projectos que possam contribuir para o crescimento social e da vida portuguesa, decidi voltar.

Voltar a criar um espaço social de Debate, não apenas mais um, mas aquele que se assemelhará a mim. Poderá muitas vezes ser crítico, ou mesmo redutor à minha opinião. Mas prometo que será um espaço que abarcará todas as temáticas, tudo aquilo que a sociedade deve e pode fazer por nós.

Porque, urge criar cantos sociais, cantos de debate activo e civil, para que este país não caia sempre em vitórias morais como o deficit ou como o tratado de Lisboa. Bem-vindos e venham os vossos comentários.

terça-feira, 13 de março de 2007

Recomeço...

Após um período algum conturbado em termos informáticos, causado por avarias multiplas no meu computador que me tiraram o tempo necessário. Este blog irá recomeçar exactamente do ponto onde terminou...

Vão ser acrescentadas novas regras para que as temáticas se tornem um pouco direccionadas. Assim sendo o programa Temático será o seguinte:
Segunda-Feira - Saúde
Terça-Feira - Economia
Quarta-Feira - Educação
Quinta-Feira - Ciência
Sexta-Feira - Cidadania
Sábado - Televisão
Domingo - Politica

Na próxima quinta-feira até as 14h será publicado o próximo post. Desde já aproveito este espaço para incitar a todos que participem, dando sugestões sobre outros temas a ser abordados e mesmo sub-temas para serem falados dentro destas temáticas.

Participem...

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Universidades - Que Futuro?

Iniciou-se este ano lectivo de 2006/07 a implementação do Processo de Bolonha em Portugal. Porém, a grande questão que salta a vista na primeira observação, é se estamos mesmo perante o que é preconizado com o Processo de Bolonha ou estamos a ver uma tentativa mais ao menos de mudar alguma coisa.

Não se verifica nenhuma mudança, em Portugal por questões políticas não se chama ao primeiro ciclo de formação inicial Bacharelato mas sim Licenciatura. É fácil enganar o povo dizendo que as competências de primeiro ciclo serão iguais às fornecidas pelas anteriores licenciaturas.

Ainda mais preocupante que esta "pseudo-bolonhização" é o subfinanciamento do Ensino Superior. É verdade que se gasta muito e mal nas Universidades, porém os cortes não podem ser feitos de uma forma aleatória e principalmente naqueles que melhor gerem...

É importante reorganizar o Ensino Superior, adequa-lo às verdadeiras necessidades do País, porque não podemos ter mão de obra qualificada no desemprego. Aí sim, o Ensino Superior não se torna um investimento, mas sim uma despesa.

Ideias precisam-se...

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

OPA sobre a PT

De há um ano para trás que a sigla OPA não é desconhecida dos Portugueses, ou pelo menos ficou no ouvido de todos, quando Belmiro de Azevedo anunciou que a SONAE.COM iria lançar uma Oferta Pública de Aquisição à Portugal Telecom, maior empresa de telecomunicações nacional.

Esta OPA visava não só tornar o homem mais rico de Portugal também o dono da maior empresa também, mas permitiria o total controlo do maior operador da rede móvel e da rede fixa.

Após toda a controvérsia aspectos técnicos e de regulação de mercado foi dado o aval pela CMVM para que a OPA se realize.

Está agora nas mãos dos Accionistas a decisão se aceitam ou não o preço oferecido pela SONAE.COM. Porém, esta OPA parece ter uma condenação a vista. Não vejo ser possível alguém vender acções para uma empresa, quando o valor diário de mercado é superior ao valor oferecido por Paulo e Belmiro de Azevedo.

Também não vejo possível, a SONAE.COM aumentar muito mais o valor oferecido, este já condicionaria a um endividamento grande e um aumento deste pode tornar a OPA inviável economicamente.

Decisões que serão conhecidas já nos próximos tempos, certo é que a PT anunciou valores astronómicos de lucros e com um crescimento grande. Parece-me contudo que esta OPA criou alguma instabilidade na PT e penso que a estratégia geral da empresa terá de ser repensada principalmente por a sua grande complexidade e competitividade interna provocar situações menos rentáveis e proveitosas para a empresa.

No lugar de cidadão, vejo com bons olhos o insucesso da OPA, não creio que a defesa do mercado fosse garantida e o "monopólio" na rede móvel provocaria certamente um aumento de preços, isto num país que vive claramente acima das suas possibilidades.


Esquizofrenia

A Esquizofrenia é hoje uma das doenças mais incapacitantes doenças psiquiátricas que se manifesta pela incapacidade de distinguir o que é real do não real. Geralmente é acompanhada por delírios e alucinações e pode alterar todo o funcionamento social da pessoa.

Numa altura em que se fala imenso de doenças como o Alzheimer, a diabetes ou esclerose múltipla convém informar que a incidência desta doença é superior a todas as anteriores.

Por se tratar de uma doença mental, as suas causas são ainda desconhecidas, porém autoridades na materia atribuem-na a factores como o stress. De um modo geral, os doentes com esquizofrenia podem manifestar vulnerabilidade, dificuldade para processar a informação, incapacidade para prestar atenção, dificuldade para se comportar de modo socialmente aceitável e impossibilidade de enfrentar os problemas. Neste modelo, o stress ambiental, como acontecimentos stressantes da vida ou problemas de abusos de substâncias tóxicas, desencadeia o início e o reaparecimento da esquizofrenia nos indivíduos vulneráveis.

A esquizofrenia começa mais frequentemente entre os 18 e os 25 anos nos homens e entre os 26 e os 45 anos nas mulheres. No entanto, não é raro que comece na infância ou cedo na adolescência. A instalação pode ser súbita, no espaço de dias ou de semanas, ou lenta e insidiosa, ao longo de anos.

Um pequeno número de pessoas com esquizofrenia são incapazes de viver de modo independente, porque têm sintomas de irresponsabilidade grave ou porque não possuem as destrezas necessárias para viver na comunidade. Estas pessoas necessitam de uma atenção continuada num ambiente seguro com apoio.

É, como tal, fundamental o papel dos enfermeiros e restantes profissionais de saúde que tenham um papel activo quer na detecção, quer no tratamento precoce deste tipo de patologias.

Urge na sociedade a criação de pontos de suporte para a vida extremamente stressante. Estes pontos não precisam de ser necessariamente instituições de saúde, mas locais que se tornam aliviadores de factores como a ansiedade que perturbam a normal vida quotidiana.

Termino com o alerta que em vez de discriminar a doença mental é necessário apoiar estas pessoas e facilitar a sua integração na sociedade.
Logo, a noite nos Estaleiros Culturais da Velha-a-Branca estará em discussão esta temática que contará com a presença do Prof. Zeferino Ribeiro. Mais uma iniciativa interessante da organização Café Scientifique - Braga.

http://www.saude-mental.net/esquizofrenia

http://www.aeape.pt/live/zz_frameset.aspx

http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquizofrenia