quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O Maior Problema Português - O Desanimo

Para mim este é o maior problema que existe em Portugal. Facilmente nos deixamos abater pelo desanimo e não temos confiança e espírito de inovação.

Quando as coisas estão mal desanimamos, quando não concordamos com algo conformamo-nos, quando a política está errada criticamos.

Contudo, não fazemos, não críamos, não remamos para mudar o rumo das coisas...

Até Quando?

Eu contínuo a remar...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Mais Verdades que o Governo não pode Negar...

Dez anos sem ganhar poder de compra...

Desemprego aumenta em relação ao ano anterior, principalmente na população com mais de 45 anos, e nos jovens licenciados...

Crescimento económico abaixo da Média da União Europeia...



Mas segundo o Governo estamos no rumo certo... Será mesmo?

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Afinal Investe ou Não no Ensino Superior

A Universidade do Minho é uma das Universidades de vanguarda do País, é a par da Universidade de Aveiro, uma das melhores do país em termos de investigação científica e sucesso escolar dos alunos.

É com grande estranhar que se constata que segundo o Governo o investimento no Ensino Superior estava a aumentar, como é então possível esta notícia?

Será que o nosso Governo investe nas Universidades pouco produtivas e que não procuram investir na Investigação e deixa aquelas que melhores resultados têm a mercê do investimento privado e do auto-financiamento? Será isto uma pressão para a criação das ditas fundações?

Quem paga com isto são os estudantes que vêm os seus gastos cada vez mais aumentados.

Pior que investir mal, é não investir naquilo que poderá dar frutos, nome e mais investimentos (nomeadamente privados) para o país!

A Crise no PSD

Na génese do seu partido, Sá Carneiro criou um partido multifacetado, de uma pluralidade de opiniões e correntes de pensamentos. Contudo, o maior revés que este partido encontrou foi a perda do seu primeiro líder e de todos aquele que demonstrou ter mais capacidade de liderança e unificação do partido.

Quer pela sua personalidade, carácter e capacidade de jogo político, Sá Carneiro era um Político na verdadeira assunção da palavra, procurando romper com os poderes instalados e tendo por metas de governo, o atingir o bem comum do país.

O PSD precisa novamente de um líder que unifique e ouça o partido, não que rompa com o passado. Luís Filipe Menezes declarou no seu discurso de vitória no Congresso que era necessário escutar as bases do partido em torno de aspectos fundamentais da vida deste e do país. Não pode é negar o passado, dizer que o esqueceu.

O PSD se quer vencer a nível nacional em 2009 terá de deixar as guerrilhas internas e lutas desenfreadas do poder. Já só falta um ano e para Socrates apesar de uma governação muito pouco criadora de pólos de investimento e muito baseada na colecta de impostos, a fraca oposição será a sua reeleição para 2009.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A Psicologia no Desporto

Ouvindo hoje o relato do meu Braga, por não ter possibilidade de me deslocar ao estádio percebo o quanto a psicologia influência o desempenho dos atletas no Desporto.

Uma equipa apesar de ser composta por jogadores experientes e com largos jogos, após um período de dois meses sem vencer vê cada mais as adversidades depararem-se e não consegue ultrapassa-las.

Nos desportos de alta competição parece-me cada vez mais além do acompanhamento físico, é fundamental uma ligação forte psicológica e cuidar da mente dos jogadores e equipa.

No caso do Braga, mais que um psicólogo, precisa de um treinador capaz de além de conhecimentos tácticos, técnicos ter uma força mental e uma capacidade de liderança fora do comum para conseguir levar o barco a bom termo.

Após algum tempo, parece que esse timoneiro não é Manuel Machado.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Ensino Clínico e Estágio

Em primeiro lugar gostaria de dizer que é uma temática que acho bastante pertinente e que parece que merece uma grande reflexão. Vou fazer a minha que reflectirá sempre a minha opinião.

Para mim o fundamental é lutarmos todos para mudarmos o paradigma.

Há uns anos atrás, os alunos que se encontravam em ensino clínico eram pressionados quer pelos docentes, quer pelos enfermeiros dos serviços. Esta pressão em nada beneficiava a aquisição de conhecimentos práticos e a consolidação de conhecimentos teóricos.

Porém, a época do estudante ser passivo na aprendizagem e o docente deter todo o conhecimento já passou. Acho que é fundamental para uma aprendizagem de qualidade que se optimizem nos serviços que recebem alunos ambientes favoráveis à aprendizagem.

O facto do Hospital e Centro de Saúde serem desconhecidos para o aluno, já lhes causa ansiedade suficiente para que este possa desenvolver todos os conhecimentos teóricos. Qual de nós não sentiu o peso da responsabilidade durante o ensino clínico que esteve?

Como tal, a definição de Ensino Clínico surge-me como um momento de aprendizagem baseado com uma formula reflexiva, analítica e propicia a aquisição de conhecimentos. O Ensino Clínico pode até ser considerado como uma aula prática num contexto específico em que o docente tem o dever de fazer com que os alunos adquiram conhecimentos práticos e aliem a esses conhecimentos a componente teórica. Esse mesmo espírito deve na minha opinião ser encarado pelo enfermeiro do serviço que recebe o aluno, de uma forma activa, isto é, deve também ele ser veiculo de transmissão de conhecimento e facilitador da aprendizagem. Aliás, isto é, uma competência inerente a própria profissão de enfermagem.

Acho portanto, que independentemente de ser o professor ou o enfermeiro a orientar o ensino clínico, ambos devem assumir o seu papel e facilitar ao aluno a sua aprendizagem. Devem como tal, não ver os alunos como um diminuidor de trabalho, mas como um trabalho acrescido pela necessidade de apoiar o aluno na sua formação.

Gostei bastante da concepção posta aqui pelo colega que esteve na Escola de Viana.

O Estágio é na minha opinião um momento completamente diferente em que o aluno na sua fase final da aprendizagem põe em prática os conhecimentos adquiridos ao longo do curso. Aí apenas se exige ao enfermeiro a tarefa da supervisão, visto estarmos perante um finalista que requer que o enfermeiro o acompanhe.

Em suma, acho que todos devemos contribuir para mudar aqueles que têm a concepção de que o aluno chega ao serviço independentemente do ano em que se encontra e tem de saber prestar todos os cuidados que a pessoa necessita. O aluno tem um objectivo definido no ensino clínico e se é da competência do enfermeiro orientar o aluno nesse ensino, este deve conhecer os objectivos que o aluno tem.

É nosso dever enquanto enfermeiros contribuir para a formação de futuros profissionais, como tal, também nós devemos formar com excelência.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Ensino de Enfermagem até que ponto a qualidade se mantém com a quantidade?

Fruto do desafio que o Colega Doutor Enfermeiro me lançou e também dos comentários lançados anteriormente neste blog vou denunciar e escrever algumas coisas acerca da formação de enfermagem, a que tive acesso durante a minha permanência no fenómeno Associativo Estudantil em enfermagem.

A qualidade na formação da saúde além de ser uma responsabilidade de qualquer instituição de ensino é também essencial para que os futuros profissionais de saúde adquiram competências que lhe permitam prestar cuidados de qualidade à população.

O Ensino de Enfermagem prima de acordo com a legislação por duas componentes de grande importância formativa. Uma componente teórica que visa garantir os conhecimentos teóricos e conceptuais e uma componente prática que garante o ensino e aplicação prática dos conhecimentos teóricos fornecidos na prática clínica.

Se a componente teórica depende em grande parte dos docentes, do material de suporte, e do investimento dos estudantes, já a componente prática depende em grande parte das experiências que os alunos passam ao longo do ensino clínico.

A leccionação de aulas poderá ocorrer em espaço precários e isso terá obviamente consequências para a qualidade de aprendizagem. Já quando se fala do contexto clínico a falta de condições tem outra consequência, ainda mais severa, a aprendizagem não acontece.

Há alguns anos atrás, através de vários estudos constatou-se que existiam carências de enfermeiros e consequentemente de cuidados de enfermagem nos serviços. Decidiu-se então aumentar o número de vagas. O ensino de enfermagem até então era visto como tendo grande qualidade de formação, fruto da vastidão de experiências que os alunos tinham no decorrer do ensino clínico.

Aumentaram-se as vagas nas escolas. A primeira dúvida que me suscita é se terá havido também um aumento de material escolar de suporte para o acrescimento de alunos. A resposta é que nalguns casos isso não aconteceu. Logo aí, começa a surgir um risco formativo.

Criaram-se escolas novas, todas privadas, que foram atrás do lucro que o ensino de enfermagem lhes poderia dar. Vagas imensas, determinadas a belo prazer pelo Ministério do Ensino Superior e sem uma articulação concreta com o Ministério da Saúde que permitisse que o aumento de vagas, fosse sustentado com locais de ensino clínico de qualidade e que permitam aos alunos terem experiências.

Essa desarticulação tem consequências. Neste momento, as escolas travam uma guerra para obter locais de ensino clínico, não se preocupando por vezes com qualidade, mais com ter lugares suficientes para os seus estudantes. Acontece que aquelas que não conseguem pagar às instituições hospitalares ou que planeiam tardiamente os seus ensinos clínicos e quando o fazem já estão completamente cheios, encaminham os seus alunos para locais onde não existem enfermeiros a trabalhar, ou então existem em número reduzido, e onde os cuidados prestados não são condizentes com as competências a adquirir por um enfermeiro de nível 1 e que como tal, provam existir lacunas na formação.

Tal como o colega Doutor Enfermeiro tenho conhecimento de escolas que por falta de locais de prática clínica, metem os seus alunos em ensinos clínicos em laboratórios escolares simulando hospitais, mandam alunos para creches e lares de 3ª idade, não potenciando a aprendizagem nestes locais, pois por falta de docentes, não acompanham os alunos presencialmente e não fornecem aos alunos a potenciação das experiências. Há ainda locais que fruto da evolução técnica as oportunidades técnicas são diminutas para o número de alunos presentes. Cada vez mais, surgem alunos no 4º ano sem terem realizado procedimentos considerados como essenciais. Sei, que estes procedimentos não são os únicos responsáveis por cuidados de qualidade, aliás, a bagagem de conhecimentos teóricos e conceptuais dos estudantes de algumas escolas permite-lhes disfarçar algumas dessas lacunas, contudo está em causa a qualidade.

Parece-me que em enfermagem a quantidade, fez notoriamente baixar a qualidade e isso reflecte-se nos cuidados prestados, as escolas necessitam de rapidamente repensar os seus processos formativos, e as autoridades de avaliação têm de efectivamente tomar estes aspectos em conta e forçar a diminuição do número de vagas, para que se volte a formar em qualidade.

Estamos perante um caso em que quantidade não é sinónimo de qualidade.

Denunciarei qualquer situação que saiba de formação sem qualidade, apelo a todos os colegas que o façam também e também aos alunos dessas escolas e ex-alunos que denunciem esses atentados formativos, pois está em causa a saúde da população.




sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Governo festeja será que o país também?

Crescimento económico supera as expectativas situando-se nos 2.0% do PIB. Governo exalta e regozija-se por mais 0,1 que o previsto.

Desemprego situa-se nos 8%. Baixa no último trimestre de 2007, mas é maior que em 2006. Socrates diz que é uma boa noticia.

Será que o sr. Socrates consegue dizer aqueles 8%, boa parte deles licenciados e jovens ou com idade superior aos 45 anos que a sua formação ao longo da vida não tem saída, porque felizmente o desemprego é de 8% e a economia cresceu 2%?

Haja cautela nas declarações Sr. Socrates, de falsas vitórias já está o país cheio.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Para Reflectir X

Diz-me, e eu esquecerei; ensina-me e eu lembrar-me-ei; envolve-me, e eu aprenderei.

(Autor desconhecido)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Sugestões de temas...

O Blog decidiu evoluir e abrir-se a sugestão temática. Esta até esteve sempre disponível apenas vamos hoje frisa-la.

Assim poderão contactar com sugestões para luis_caldas@netcabo.pt

Podem ainda sugerir temas de debate através deste tópico.

Fico a espera das vossas sugestões, principalmente daqueles que já comentaram alguns dos meus textos e que agradeço a participação.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Quer este Governo também destruir a Cultura Musical?

Escrevo este texto hoje, porque o regresso do Blog apenas se deu ontem e como tal, seria despropositado sobrecarrega-lo com posts.

É louvável permitir a todas as crianças de Portugal, o acesso a aulas de cariz cultural que lhe permitam o enriquecimento formativo e lhes garantam alternativas e conhecimentos para escolherem o seu futuro.

Porém, não se pode pensar sequer em fazer com que os conservatórios de música deixem de ministrar o ensino de música as crianças do 1º ciclo de ensino.

Então para garantir a todos, vamos tirar o potencial de alguns poderem vir a ter muito sucesso?

A grandeza de Portugal também se vê pela sua capacidade de criar embaixadores culturais para o mundo. Muito desses embaixadores, começam muito novos nestes conservatórios. Não matem também isto.

Sr. Primeiro Ministro, Continua a Viver no Sonho?

Prometia o Eng. Socrates, aquando da campanha em 2005, que os problemas económicos iriam ser resolvidos. Prometeu o Eng. Socrates 150.000 novos postos de trabalho?

Esqueceu-se o Eng. Socrates, que a economia depende da evolução mundial. Esqueceu-se o Sr. Socrates que é necessário não ter impostos demasiado altos para permitir a fixação de empresas. Esqueceu-se o Eng. Socrates, que criar novos postos de trabalho, não pode significar extinguir os antigos. Esqueceu-se o Eng. Socrates das suas promessas.

Terá-se esquecido? Ou não terá passado de populismo eleitoral? Ah, isso é apenas com Menezes, com Socrates não, ele apenas é vitima da comunicação social.

NOTA: Este desabafo tem por base a taxa mais alta de desemprego desde 1986? Lembram-se quem era o Partido do Governo em 1985?

Parabéns Sr. Eng. Socrates, não sei se era objectivo, mas o Desemprego atingiu 8,2%.