segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Eleições para a Ordem dos Enfermeiros - Secção Regional Norte

Li atentamente as duas Candidaturas para a Secção Regional Norte. A actual Presidente do Conselho Directivo da Zona Norte, a Enfermeira Margarida Filipe apresentou a sua recandidatura e encabeça a lista D. O Enfermeiro Germano Couto lidera uma lista (Lista A) que se candidata à Secção Regional Norte, uma lista que se demarca do panorama nacional e que apenas visa a zona norte.

Estive para dividir o post nos vários aspectos para não se tornar extensivo. Mas avaliarei a possibilidade de dividir nas posteriores avaliações das várias candidaturas. Como pensamento individual não direi qual das duas candidaturas gostei mais, por uma questão de isenção deste post.

Passamos então a análise dos dois programas de candidatura.


Motivação para a Candidatura:
A Enfermeira Margarida apresenta como motivação para a sua candidatura a experiência obtida no mandato anterior baseada na construção e consolidação da Ordem dos Enfermeiros. Assim, como a necessidade de garantir Melhor Enfermagem, Melhor Saúde. Assentam ainda a necessidade de uma envolvencia nacional em torno do Modelo de Desenvolvimento Profissional.

O Enfermeiro Germano aponta a necessidade da Secção Regional Norte da Ordem dos Enfermeiros ter uma maior afirmação institucional, política e social. Aponta ainda a falta de motivação para a participação, visibilidade, informação e debate dos enfermeiros e justifica isso na ausência de força na Ordem dos Enfermeiros, principalmente em políticas de saúde local e regional. Esta lista quer Trazer a Essência da Profissão à Ordem.



Objectivos de Candidatura
A Lista A tem como objectivos principais a regulação do exercício profissional, o controlo da qualidade dos cuidados de enfermagem, o controlo da qualidade na formação profissional, acompanhamento do desenvolvimento e autonomia da profissão, Mandato Social e as relações institucionais nacionais e internacionais.

A Lista D apresenta como objectivos o fortalecer a intervenção qualificada da SRN, nas várias componentes da política de saúde e dos sistemas de saúde regionais e nacionais, a intervenção qualificada nas políticas de formação a nível regional, reforçar a visibilidade externa e melhor a qualidade organizacional da SRN. Pretende dar continuidade e apostar na inovação.


Políticas de Formação
No que concerne a política de formação, a lista D propõe um acompanhamento dos princípios da Declaração de Bolonha, uma reflexão conjunta sobre a qualidade de ensino perante as actuais exigências no âmbito da saúde e do trabalho. Pretende ainda reforçar a relação com as Instituições de Ensino de Enfermagem da região, colaborar com o Centro de Estudos e Investigação (CEI). Defende ainda, a promoção da reflexão, junto das instituições de formação do Ensino Superior, com vista a decisão da integração da Enfermagem no Sub-sistema Universitário.

Por seu lado, a lista A apresenta-se disposta a garantir uma formação de nível Universitário, intervindo nas decisões políticas sobre o ensino de Enfermagem, fomentando o ensino e a prática de investigação em Enfermagem, com incentivos pessoais e profissionais, estimulando a formação com base nas competências definidas e fomentar a aproximação entre os planos curriculares e a realidade dos cuidados de Enfermagem, visando a agregação do ensino de Enfermagem à Universidade.


Exercício Profissional
A lista A, neste ponto, aponta no seu plano de acção que este deve assentar na valorização do contexto humano e profissional e na qualificação profissional. Deste modo, pretendem promover a: formação em serviço visando o desenvolvimento de competências específicas; identificação de competências do enfermeiro especialista, a capacitação dos enfermeiros para uma gestão eficiente para a gestão de serviços de enfermagem. Pretende também habilitar o enfermeiro para o empreendedorismo, estimular os serviços a definirem padrões específicos de qualidade de desempenho isentos de visão economicista e empresarial. Recompensar o mérito e brio profissional com incentivos para a continua formação e desenvolvimento de competências dos enfermeiros.
Pretendem assim promover a vida associativa do enfermeiro com iniciativas científicas, formativas e sociais, estimular a formação que tenha impacto profissional, criar a figura do interlocutor local para aproximar o enfermeiro à sua Secção regional, construir uma identidade profissional reconhecida e valorizada, promovendo a união e entendimento entre os membros e por último criando um departamento de acreditação de Formação Contínua com o objectivo de reconhecimento e valorização técnico-científica.
Por último pretendem acompanharam o desenvolvimento do exercício profissional dentro dos padrões de qualidade, propor metodologias de aferição da qualidade dos cuidados, estimular a autonomia da profissão pela qualidade dos cuidados, incentivar a competitividade profissional garantindo a manutenção dos princípios éticos e deontológicos, divulgar a implementação dos sistemas de informação em Enfermagem. Recomendar e exigir a dotação adequada de enfermeiros ao nível regional tendo em conta as necessidade locais.

A
Lista D por seu lado, propõe-se: a participar na implementação do modelo de desenvolvimento profissional, nomeadamente na definição de recursos e processos de suporte necessários ao planeamento, implementação, monitorização e avaliação; promover a melhoria contínua da qualidade dos cuidados de Enfermagem incentivando a investigação com a divulgação do Prémio Maria Aurora Bessa; desenvolvendo recursos relacionados com investigação, conhecimento e informação; criar o Centro de Estudos e Investigação; auxiliar a implementação dos Sistemas de Informação em Enfermagem; proporcionar formação nas áreas relevantes para o exercício através da divulgação de experiências, conhecimentos em vários eventos; promoção das visitas institucionais para acompanhamento do exercício profissional; elaboração de orientações para a prática de cuidados, para aprofundar e adaptar o REPE e Código Deontológico.
Pretendem ainda criar grupos de trabalho com vista à definição de domínios de competências específicas, avaliar a qualidade dos cuidados de enfermagem através do uso de Indicadores do Resumo Mínimo de Dados de Enfermagem, divulgar os resultados da avaliação da qualidade CE no que respeita à área de intervenção da SRNorte. Por último pretendem intervir junto das instituições de prestação de cuidados, no sentido de, garantir dotações seguras em cuidados de enfermagem.


Políticas de Saúde
A Lista D propõe a participar em programas nacionais e regionais decorrentes do PNS através do desenvolvimento de actividades, do incentivo e apoio à participação em projectos, da avaliação do PNS, participação pró-activa no redesenho das respostas às necessidades de saúde. Colaborar na criação do Gabinete de Análise e Planeamento para obter relatórios de análise. Monitorizar e auxiliar a Rede Nacional de Cuidados Continuados.

A
Lista A em relação a este aspecto não apresenta qualquer planeamento no seu plano de acção nem noutros aspectos similares. Assim sendo, contactei por email a lista para que pudessem explicar as suas ideias em relação a este aspecto. A própria candidatura contactou-me e explicou que pretende esperar pelo momento oportuno para tomar as rédeas e avaliar os estragos feitos para, depois, então, definir medidas sociopolitícas exequíveis, concretas e validadas para a realidade da Enfermagem portuguesa.


Mandato Social da Profissão
Neste último aspecto avaliado a lista do Enf. Germano quer cumprir o mandato social da profissão. Através da representação digna da Ordem e da SRN, sugestão da criação de uma Tabela de Preços de Cuidados de Enfermagem, evitando a exploração salarial e humana, criação de um departamento de produção e divulgação de material de informação e educação para a Saúde, intervenção com as forças vivas da sociedade promovendo a divulgação da promoção para a saúde e aproximando a SRN das populações, tornando a Ordem mais intervencionista ao nível dos órgãos de soberania regionais. Quer ainda, propor a existência de um Fundo Social, com base na quota mensal, para criar um "Espaço do Enfermeiro" nas instalações da SRN aproximando-as dos enfermeiros e submeter-se a avaliação contínua de desempenho do seu trabalho através da realização de inquéritos. Por último, quer criar um Bolsa de Emprego facilitadora da inserção profissional no mundo laboral na SRN.

A Lista da Enf. Margarida pretende contribuir para a visibilidade externa e consolidação no tecido social através da facilitação de acesso à informação do conhecimento relacionado com a enfermagem aos cidadãos. Intervindo na comunidade através da discussão dos cuidados de enfermagem. Acompanhando os processos legislativos e salvaguardando os direitos dos cidadãos no que diz respeito a cuidados de enfermagem de qualidade. Pretende também promover a qualidade organizacional da OE através da desenvolvimento de sistemas de informação e comunicação de apoio aos membros, promover a discussão na internet, criar um suporte de aconselhamento jurídico aos membros, dinamizar actividade de natureza lúdico-cultural, disponibilizar instalações aos membros, para a realização de eventos científicos/culturais de enfermagem e por último pretende criar estruturas de apoio e informação ao empreendodedorismo em Enfermagem.

Fidel afinal está de muito boa saúde

A América Latina pode dormir descansada porque afinal de contas Fidel não está a bater a bota. O apagamento do líder histórico cubano apenas fez surgir outro "democrata" do povo, o seu nome é Chavez.

Veremos se ao fim de 50 anos no poder os comunistas também vão dizer que ele é democrata e não há é oposição credível para o tirar de lá.

domingo, 25 de novembro de 2007

O Desporto Amador

Sobre esta temática existe imensa coisa que pode e deve ser referida, todavia apenas me vou reduzir a um pequeno conjunto de factores e situações decorrentes em Portugal.

Em Portugal com a excepção do Futebol, Basquetebol, Voleibol, Ciclismo e Andebol Masculinos todas as outras modalidades são amadoras. Existem, contudo, algumas equipas semi-profissionais e desportos semi-profissionais.

Nada tenho contra o desporto amador, aliás acho que é das formas mais belas de competição saudável e face a dificuldade de financiar algumas modalidades com pouco público e, como tal, pouco atractivas economicamente a investidores, penso ser a forma viável de existir e se fomentar o desporto.

A prática saudável de desporto proporciona, aos seus participantes, estratégias e uma actividade física que conduz a melhorias da condição de saúde da pessoa. Aliado a isto, o desporto enquanto prática colectiva fomenta o espírito de grupo, a união e participação harmoniosa em sociedade.

Parece-me que o desporto, enquanto prática amadora e complementar ao dia-a-dia deve ser estimulado e as colectividades devem conseguir apoiar este tipo de actividades de modo a poderem chamar a si, prestigio e contribuírem também elas enquanto agentes promotores de estilos de vida saudáveis.

Porém, também o desporto amador deve ter regras, e estas regras devem sobretudo garantir que equipas com um maior potencial económico não se sobreponham aquelas que não detêm capacidade para economicamente tornar a sua equipa competitiva. Isto é, não podemos falar ao mesmo tempo de um desporto com equipas semi-profissionais e outras amadoras, é falseada a verdade desportiva e acaba-se com a valorização que o esforço das equipas amadoras acabam por ter.

Parece-me portanto, que com a instituição de regras mais organizadas e defensoras da igualdade irão permitir que os clubes criem estruturas para que as pessoas pratiquem desporto desde jovens e assim sendo se formem podendo depois entrar numa estrutura sénior amadora. Exemplo, disto é o projecto do Voleibol do S.C.Braga, ao qual dedico este pequeno texto, pela capacidade que teve para ao longo dos tempos construir uma equipa que passo por passo chegou ao topo do panorama nacional de Voleibol Feminino. Formadas maioritariamente no S.C.Braga estas jovens têm ombreado, na presente época, com equipas semi-profissionais, algumas delas constituídas exclusivamente por estrangeiras. É contudo, interessante observar o crescimento destas jovens pela primeira vez na primeira divisão nacional e que jogo após jogo mostram que nem sem os euros falam mais alto.

Parabéns ao S.C.Braga Voleibol e a todas as colectividades que fomentam o desporto amador. Pois é este desporto fundamental para que a população adquira hábitos de saúde e de prática que lhe permita manter padrões de bem-estar elevados.

sábado, 24 de novembro de 2007

Para Reflectir (III)

"A verdade é raramente pura e nunca simples."

Oscar Wilde

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Eleições para a Ordem dos Enfermeiros

Tendo em conta as eleições para a Ordem dos Enfermeiros irei fazer a minha análise às várias Candidaturas apresentadas de uma forma isenta e imparcial e sem querer influenciar votos.

Próxima Segunda-Feira - Secção Regional do Norte

Lista A - Liderada pelo Enf. Germano Couto
Lista D - Liderada pela Enf. Margarida Filipe

Acerca de "Cunhas"

Coloco aqui um texto que encontrei no Fórum Enfermagem colocado por um colega enfermeiro.

"Exmo. Senhor Ministro da Saúde Correia de Campos,

Sou uma pessoa que concluiu, este ano, a Licenciatura em Enfermagem e venho, com grande embaraço, pedir-lhe emprego.

Eu sei que é um pedido estranho mas foram pessoas que já estão a trabalhar na área que me aconselharam a fazê-lo. O que me têm vindo a dizer é que devo pedir uma “cunha”. No início desconhecia a palavra e então fui ver ao dicionário e encontrei isto: “instrumento de ferro ou madeira, para fender pedras, madeira, etc.”. Mesmo a achar estranho, fui à procura de uma mas não encontrei na minha cidade e não podia ir a outra pois os meus pais não me tinham dado dinheiro suficiente. Os meus pais, coitados, já me deram tanto dinheiro durante o curso (imagine a darem 970€/ano no mínimo, mais dinheiro alojamento, alimentação, livros, fotocópias e outras coisas) e agora para cartas, avisos de recepção, fotocópias, autenticações, etc. só para concorrer para listas de espera para trabalhar. Ai, peço desculpa pelo desabafo. Voltando à “cunha”. Como disse não encontrei nenhuma “cunha” e desisti.

Passados uns 3 meses de ter acabado o curso decidi ir trabalhar para outra coisa sem ser enfermeiro, para não pedir mais dinheiro aos meus pais. Fui, então, a um shopping na minha área de residência, ao Dolce Vita que de certeza que deve conhecer, e entrei numa loja de sapatos para crianças. Entreguei o meu curriculum vitae, onde não ocultei a minha Licenciatura em Enfermagem, a Dona da Loja disse logo “Um Enfermeiro a pedir emprego numa Sapataria, está assim tão mal?”. Após uns 3 minutos de conversa ela diz logo para começar no dia seguinte. No primeiro dia fiquei com ela em integração e em conversa ela perguntou porque não arranjava uma “cunha” para os hospitais mais pertos, ao que respondi que não encontrei nada mas que o pedreiro, meu vizinho, sabia de uma loja que vendia umas. Logo a Dona começou a rir-se e então perguntei porquê tal gargalhada. Prontamente me explico que “cunha” também significa pessoa que consegue pedir a que admite os Enfermeiros nos Hospitais ou outra entidade de saúde para os colocar à frente de outros ou simplesmente lhe dar emprego.

E então pensei: como não conheço ninguém assim por que não pedir ao Ministro da Saúde, o mais indicado para esta situação e que tem o mesmo apelido que eu, para que fosse a minha “cunha”? É esse o motivo pelo qual lhe mando este e-mail a pedir-lhe emprego. Posso dizer-lhe que não tenho experiência profissional, pois os estágios académicos não contam. No entanto, posso dizer-lhe que tenho imensa experiência em Pediatria por trabalhar neste momento numa loja de calçado para crianças, em Ortopedia por que vendo sapato formativo e ortopédico e em Infecciologia por que vendemos palminhas anti-bacterianas e anti-fúngicas.

E agora você deve estar a questionar-se o porquê de ainda não ter um emprego como Enfermeiro tendo eu esta experiência toda e se me candidatei aos concursos que abriram. Eu candidatei-me mas tenho ficado em 300º lugar ou em outros em 1000º lugar. E com poucas vagas (eu compreendo que você tem uma cota definida para meter “cunha”) é difícil ficar com um emprego. Eu penso que fico com esta classificação porque a maioria têm mais experiência em Sapataria, Bares, McDonald’s, entre outras coisas do que eu. O facto de concorrem muitos Enfermeiros penso que se deve ao facto de ainda pensarem que “cunha” significa “instrumento de ferro ou madeira, para fender pedras, madeira, etc.”.

Sem mais nenhum assunto termino este e-mail pois quero chegar cedo à passagem de turno da loja. E ainda tenho muitas coisas para fazer hoje, pois em um mês sou como um gerente da loja, disse a Dona da Loja que tinha excelente capacidades e que os serviços de saúde perdiam muitos em não me ter. O mesmo dizem os Clientes, a quem faço questão de dizer que sou Enfermeiro pois sei lá se qualquer diz não aparece na loja um parente seu e me ajude.

E deixo-o, então, com este meu pedido e rezo, agarrado à “cunha” de metal que comprei com o meu primeiro ordenado na loja, que me consiga algo urgentemente.

Cumprimentos,
Um Enfermeiro perto de si"

Dos Tempos do Império Romano...

Longe vai o tempo em que Bracara Augusta deixou de pertencer ao Império Romano, um Império decadente e que não se conseguiu segurar no tempo. Todavia, há por terras aqui do burgo quem ainda relembre a história.

«Hoje vou contar uma história. Então é assim: era uma vez um imperador e um construtor. O imperador governava há mais de 30 anos e dizia-se que o seu âmbito de influência já tinha ultrapassado as suas competências de governante, a ponto de, em surdina, recaírem sobre ele suspeitas…

Este imperador, como homem que gosta das coisas da sua terra, sempre se empenhou muito no circo da cidade e sempre procurou colocar na liderança do mesmo pessoas da sua confiança. Ao longo de muitos anos, apesar dos esforços do imperador para que o circo fosse bem sucedido, este passou por vários momentos de instabilidade directiva e financeira. Até que um dia, o imperador conseguiu recrutar para o seu circo um jovem construtor de sucesso.

Apesar de não ser grande adepto do circo da cidade (era conhecido por gostar de outro, numa localidade próxima) o construtor conseguiu, em poucos anos, resultados históricos a todos os níveis, tornando o circo uma referência além-fronteiras, quer na qualidade dos espectáculos, quer na gestão financeira.

Tudo correu bem até um dia. O construtor teve uma birra com o imperador: ou era fortemente apoiado pelo império para edificar uma academia de circo, ou então batia com a porta! O imperador, pouco habituado a ultimatos, não gostou. Inicialmente, deu a entender que não cedia a birras e caprichos. No entanto, o esforço de algumas semanas para encontrar um substituto para a liderança do circo foi infrutífero. O construtor tinha colocado o circo num patamar tal, que era difícil ser substituído sem comparações ou sem o risco de se voltar à instabilidade do passado. E o imperador não queria chatear-se muito com o tema.

Perante tal situação, o imperador cedeu e fez a vontade ao construtor e este continuou como líder do circo. Mas com uma contrapartida: o construtor teria que dar trabalho ao filho do imperador. Acordo selado, o filho do imperador começou a trabalhar no departamento comercial do circo. Qualquer semelhança com alguma realidade é pura coincidência. Ou não…»

Daniel Lourenço no Diário do Minho 21 Novembro 2007

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A Estranha Incoerência do PCP

Estive mesmo tentado a não escrever este post, mas não resisti.

Então Sr. Jerónimo apoia as posições do senhor Hugo Chavez? Como é coerente que um partido que acusa o Governo Português de não dialogar, de não ouvir os outros, de ser um governo autista e autoritário baseado na sua maioria absoluta, apoiar um Senhor que usa de todo e mais alguma coisa para calar as vozes contestantes?

Se calhar o PCP deveria tentar fazer oposição na Venezuela! Possivelmente o sr. Chavez a eles, não os mandaria calar com a polícia, se calhar ia ouvi-los. Ou então, porque este senhor é o novo Ditador do Século XXI.

domingo, 18 de novembro de 2007

Estará o Associativismo Estudantil a morrer?

Dedico esta pequena reflexão aos jovens que ainda lutam para que a resposta a esta pergunta não seja afirmativa.

Longe vai o 25 de Abril, que teve numa das suas bases de criação, o movimento estudantil que não se confromava com as políticas da Ditadura e que fez de tudo para conquistar a liberdade. As manifestações de 1961 ditaram muitos presos, porém, os estudantes marcaram uma posição bem clara. Não concordavam, não aceitavam, não podiam tolerar as políticas levadas a cabo pelo governo.

Os estudantes, principalmente os do Ensino Superior, primaram no pós-ditadura pela constituição de movimentos organizados que permitem debater, intervir e reivindicar. As Associações de Estudantes foram crescendo, ganharam peso e poder social. Eram ouvidas. Com isso, foram conquistando destaque no governo das instituições do Ensino Superior. Estando presentes em todos os órgãos de governo das Universidades e Politécnicos.

Contudo, os filhos da democracia foram crescendo, e a irreverência estudantil foi diminuindo. Verifica-se nos últimos anos, uma diminuição cada vez mais da participação estudantil. Exemplo disso é a Universidade do Minho. Longe vão os tempos onde havia três listas para a Associação Académica, num universo de 17000 estudantes, votam cerca de 3000. De eleições duras e renhidas, atingimos este ano o menos lógico. Em 17000 estudantes, apenas cerca de 40 se mostram dispostos a tomar as rédeas de uma das maiores Associações de Estudantes do País, sim porque ao que parece, apenas 3 listas se apresentaram a estas eleições, interessante ou não é número de órgãos a eleger (Direcção, Conselho Fiscal e Jurisdicional, Mesa da RGA).

O fundo parece estar a ser cavado, não pelas pessoas que estão nos órgãos de gestão das associações, mas pelos próprios estudantes. Cada vez, mais o extra-curricular é desvalorizado pelos estudantes. A pressão económica de atingir resultados, faz com que se perca a vontade associativa, a vontade de conhecer o que está para além do curso.

Que alternativas? Que caminho devem os estudantes tomar? O do conformismo? O de deixar andar e penar?

Aos jovens pede-se que sejam próprios da sua idade, isto é, irreverentes, interventivos e participativos. Não se lhes pede que apenas alimentem o seu espírito nocturno e sua folia académica.

Dos jovens espera-se que não se conformem com o que não concordam. Que intervenham, que lutem, que opinem. Não se espera que fiquem calados.

O País precisa de Associações fortes, que lutem, que disponham um pouco da sua vida pessoal para construir um país melhor, um país sem autocracia, em que quem não concorda, não se conforma, mas MANIFESTA-SE!

Estudantes lutem pelo que vale a pena lutar e nunca se conformem. Façam o vosso próprio 25 de Abril. Portugal agradecerá...

sábado, 17 de novembro de 2007

Para Reflectir (II)

"Apenas se vê bem com o coração, pois nas horas graves os olhos ficam cegos."

Antoine de Saint-Exupéry

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

O Espaço Cultural de Braga

Esta pretende ser uma reflexão completamente isenta, mas como visão crítica daquilo que é a cultura em Braga.

Braga cresceu indubitavelmente nos últimos anos em termos de cultura. Porém, podemos questionar se terá sido este crescimento cultural adequado às necessidades da cidade. Não me parece que a resposta possa ser afirmativa, senão vejamos: o Teatro Circo demorou quase 10 anos a ser construído, durante esse tempo, Braga apenas possuía a pequena sala existe no Parque de Exposições.

Neste momento dispomos de uma sala de espectáculos de âmbito nacional. Reconhecida Nacional e Internacionalmente. Dispõe de um cartaz apelativo e destinado a vários gostos. Não apoio aqueles que dizem que não está ao serviço de todos e muito menos a carteira de todos. Parece-me que isto reveste-se de todo o panorama nacional e o preço dos espectáculos está a esse nível. Contudo nem tudo é bom no Teatro Circo. Saliento claro, a inflexibilidade para negociar com os Grupos Culturais da Universidade do Minho. Também eles grandes dinamizadores da Cultura Bracarense. Espera-se rapidamente que esta política mude de modo a que as Tunas possam voltar a abrilhantar o Centro da Cidade tornando os Festivais de Tunas não meros espectáculos de sala. Mas toda uma envolvencia que poderia dinamizar a cidade.

Feita a avaliação daquele que é o "cabeça de Cartaz Cultural" da Cidade de Braga, passamos agora a avaliar aquele que nos últimos três anos pegou as rédeas da cultura bracarense. Refiro-me claramente ao Estaleiro Velha-a-Branca. Este estaleiro apesar de um espaço reduzido, consegue ter uma panóplia de actividades culturais de fazer inveja. Está certamente na vanguarda e pedia-se mais, muitas mais Velhas-à-Branca.

Fiquei na dúvida sobre qual vertente cultural falaria em seguida. Mas vou falar daquele que acho que é dos mais subaproveitados em Braga. Falo do Mercado Cultural do Carandá. Encerrou-se à alguns anos o mercado do Carandá que se encontrava degradado. Procedeu-se a sua requalificação. Diga-se muito bem feita, mas falta algo. Aquele mercado pouco apelativo é. E ou se deve a falta de aptidão dos bracarenses para este espaço ou então a falta de um verdadeiro chamariz para aquela zona da cidade. A verdade é que se enquadra numa zona, próximo de uma Discoteca emblemática da cidade (que falarei mais a frente) e de uma escola de 2º e 3º ciclo de ensino. De resto é rodeada por um Centro de Saúde e urbanização e mais urbanização. Falta apostar, na total requalificação do resto do mercado do Carandá. Para que este espaço se possa tornar um verdadeiro espaço cultural atractivo para a população Portuguesa.

Outro espaço que quero também destacar é o Conservatório de Música Calouste Gulbenkian. Tem uma formação e investe bastante na formação cultural dos jovens. Parece-me é que esta escola está um pouco fechada em torno de si mesma. Penso que uma maior abertura poderia potenciar a cidade e a instituição.

Poderia terminar referindo aos museus da cidade. Desses tenho a afirmar que é necessário uma maior divulgação. Penso que a falta de uma linha de divulgação, reduz um pouco a potencialidade destes.

Também num aspecto cultural que por vezes é esquecido pelos analistas e a que me vou reportar é a actividade cultural nocturna bracarense. Reduz-se a muito poucos espaços agradáveis, e a outros que por vezes não se encontram nada de acordo com as normas nacionais. Urge reabilitar também esta área para que os bracarenses não se desloquem para outros pólos culturais de outras cidades, mas que também Braga seja atractiva para jovens de fora. Lufada de ar fresco, é o recem criado Teatro Café, que através dos seus concertos de Jazz, poderá ser mais uma alternativa impulsionadora da cidade.

Mas o verdadeiro destaque, para mim, é sem dúvida a Universidade do Minho, não só pelos seus funcionários, quer pelos seus estudantes. Os Grupos Culturais, as duas Bibliotecas, o Museu Nogueira da Silva são alguns dos exemplos que a Universidade fornece à cidade. Porém, nem sempre se vê uma grande ligação entre esta e os cidadãos bracarenses.

Em suma, Braga precisa de mais e de uma maior qualidade cultural, condicente com o seu estatuto de terceira maior cidade do país. É necessário criar uma ligação concertada entre a CMB e as entidades em seu redor de forma a atrair a Braga, um pólo cultural que poderá ser também ele impulsionador da nova cultura. Exemplo, é a instalação da FNAC em Braga. Não falei dela, pois abriu hoje e como tal, teremos de esperar para ver qual será o impacto desta na vida dos bracarenses. Espero que não seja esta uma desculpa, para que outras actividades já instaladas que deixem de se realizar.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Novas da Enfermagem

IV Jornadas da AEESECG - A realizar em Braga na Universidade do Minho nos dias 14 e 15 de Dezembro, com a temática - "Cuidados de Saúde Primários - A Chave para Mais Saúde". Mais informações aqui.

Site de recandidatura da Enf. Maria Augusta Sousa online, apesar de ainda ter lacunas sobre os candidatos.

Blog do Enf. José Azevedo enquanto candidato à Ordem dos Enfermeiros. Tem posições muito interessantes acerca de cuidados de enfermagem.

Blog de candidatura da equipa do Enf Germano à Secção Regional Norte da Ordem.


terça-feira, 13 de novembro de 2007

Ainda Acerca do Endividamento Autárquico

Surgem hoje, nos diversos meios de comunicação social, ecos das notícias acerca do endividamento Camarário.

O Vice-Presidente da Câmara de Gaia, desafia o Governo a divulgar a lista dos financiamentos das autarquias à administração central, em paralelo com as dívidas dos municípios. "“São os terrenos para escolas, esquadras da PSP e postos da GNR, centros de saúde e instalações do mais variado tipo que as autarquias cedem ao estado”, frisou Marco António Costa, para quem “era bom que o Ministério das Finanças publicasse também esta lista para que os portugueses possam ter uma ideia sobre o que deve o Estado às autarquias”. “A transparência deve funcionar para os dois lados”, sublinhou.
Marco António Costa afirmou-se surpreendido quanto à publicação desta lista revista até porque - disse - “a Câmara de Gaia não recebeu qualquer notificação quanto às justificações que enviou ao Ministério das Finanças em devido tempo”. “Gostava também que o Ministério das Finanças dissesse à Câmara de Gaia quando é que vai pagar os 13 milhões de euros que nos deve, de dívidas diversas, de que somos credores”, acrescentou. Com o pagamento deste montante reclamado, a Câmara de Gaia, afirma Marco António, sairia facilmente da lista negra do endividamento excessivo, que ascende a 11,3 milhões de euros.

Os quatro municípios do distrito de Viseu que ultrapassaram os limites de endividamento em 2006 vão interpor uma providência cautelar nos próximos dez dias, avançou o presidente da Câmara Municipal de Mangualde. A câmara de Santa Comba Dão (PSD/CDS) também vai reclamar da decisão. “Vamos reclamar nos próximos dez dias e vamos alegar que terão de ser consideradas as justificações apresentadas, pois estão perfeitamente fundamentadas”, adiantou o presidente da autarquia, João Lourenço.

ANSIÃO – O presidente da Câmara Municipal qualificou uma “ingerência do Governo na autonomia financeira das autarquias” a retenção de verbas de transferências nos casos de excederem os limites de endividamento. “É uma medida discriminatória do poder local. As autarquias não são responsáveis pelo défice do Estado. Não é com este tipo de atitudes que se incrementa o desenvolvimento do país e se dá autonomia às autarquias”, declarou Fernando Marques.

LOURINHÃ – A Câmara contesta o facto de estar entre os municípios que ultrapassaram o endividamento líquido e pondera processar o Estado por anunciar cortes nas transferências quando não está ainda regulamentada a via para a retenção das verbas congeladas. “É uma atitude ilegal da parte do Estado porque não está ainda regulamentado o fundo de regularização municipal”, disse José Manuel Custódio (PS).

OURIQUE – O presidente do município de Ourique, Pedro do Carmo (PS), criticou a aplicação “cega, nua e crua” da Lei das Finanças Locais, justificando o excesso de endividamento da autarquia com o pagamento de facturas antigas

Mondim de Basto paga algumas dívidas
O presidente da Câmara de Mondim de Basto, incluída na lista, disse que a autarquia vai conseguir pagar algumas das suas dívidas nos próximos tempos. O social-democrata Pinto de Moura sustentou que a situação de ultrapassagem dos limites de endividamento se deveu “a atrasos na chegada de fundos comunitários destinados a pagar projectos em curso no concelho”.

Ainda acerca deste assunto, a criação de parcerias público-privadas para ultrapassar o limite de endividamento é criticado pelo PSD de Braga, sustentado com base em opiniões de especialistas como Saldanha Sanches e Medina Carreira. via Avenida Central.

Porque será que o Governo Português gosta sempre de divulgar apenas o que lhe convém.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Endividamento Autárquico

Foi conhecido hoje os montantes que as diversas autarquias têm de dividas. Verdadeira novidade é o facto de a tão badalada CMLisboa não ser a que apresenta maior dívida, mas surge em segundo, atrás da Câmara Municipal de Gaia.

Os Gaienses reconhecem uma bela obra e cheia de sucesso a Luís Filipe Menezes. Porém, como reagirá o recém-eleito Presidente do PSD à guerra política que será gerada em torno deste facto?

Será que com Menezes no Governo voltaremos a ver o deficit e a despesa pública a subir? Eu acredito em tudo, mas acho que pior é impossível.

domingo, 11 de novembro de 2007

Mais Coisas Caricatas neste Mundo da Enfermagem

Algumas coisas engraçadas se encontram na internet com um pouco de pesquisa. Em conversa com o amigo DoutorEnfermeiro acerca de um dos seus últimos posts, encontramos algumas coisas curiosas em diversos planos de estudos de cursos de Enfermagem (será que merecem Enfermagem com maiuscula?).

Vale a pena consultarem os Planos de Estudo... originais!

Mais uma vez, obrigado ao DoutorEnfermeiro pela defesa da Enfermagem de Qualidade.

A Psicologia das Coisas

A mente é fascinante. Exploradora, imprevisível, sonhadora. Com ela tudo podemos sonhar, tudo podemos imaginar.

Porém, também é ela que impede que o desanimado volte rapidamente ao seu estado normal, é ela que bloqueia a necessidade de uma auto-estima aceitável.

A mesma mente que encanta às vezes, outras desilude. Estagna, não luta, não se manifesta. Caí na incúria e deixa que a mente de outros, mais fortes, menos acatados decidam tudo sem lutar.

Esta mente tão estranha de compreender, tão difícil de aceitar. Tão variável. Esta mente que faz de alguns os vencedores e de outros os vencidos.

Será que a maioria tem a mente para lutar? Ou continuaram parados à espera que os outros decidam por eles?

sábado, 10 de novembro de 2007

Para reflectir...

"Não basta chegar ao cume. É preciso também voltar vivo. Sem conseguir descer, a missão fica pela metade"

John Mallory

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Obrigado Senhora Enfermeira por também lutar comigo

Transcrevo o Texto que a Senhora Enfermeira Margarida de Barros enviou para o Diário do Minho e intítulou de Carta aberta às(aos) enfermeiras(os).

"Colegas Enfermeiras(os), chegou o momento da nossa intervenção e luta pela defesa do nosso presente e do nosso futuro. Isto é um apelo a todos os Enfermeiros deste País para que não continuem apáticos, sem opinião, sem motivação. Se estás acomodado ou acomodada na tua vidinha profissional... desacomoda-te porque estás a perder. Por quanto tempo mais pensais que o que foi conquistado desde 1976, se vai manter? Que transformações se poderão avizinhar e que nos afectarão? Acordem...

Custa-me perceber o pouco caso que os Enfermeiros instalados fazem dos problemas da classe: se estou bem... deixem-me estar; se estou mal... nunca pior... não estou para me ralar... até quando? Custa-me constatar que as greves não têm a adesão esperada, porque os Enfermeiros ou têm medo ou receiam o peso no ordenado cada vez mais minguante; custa-me ver a indiferença com que encaramos as perdas, os retrocessos da profissão de Enfermagem.

Custa-me admitir a indiferença dos sucessivos Governos perante uma classe, que é um dos motores reais do sucesso do Sistema Nacional de Saúde, mas que por eles não é considerada importante no que se refere às mudanças e à evolução da Saúde em Portugal.

Custa-me ver a invisibilidade da Enfermagem a que os órgãos de comunicação nos votam; custa-me a ver que, num momento grave e de crise da classe, os órgãos de comunicação social não tratam a nossa ordem profissional como as ordens que existem noutros sectores.

Custa-me saber da degladiação entre os Sindicatos de Enfermagem, que deveriam lutar realmente por nós; custa-me verificar que as negociações Sindicatos/Governo por uma carreira dignificante, por uma tabela retributiva digna, por contratações laborais honrosas, ficam em águas de bacalhau, paradas, esquecidas.

Custa-me ver os jovens Enfermeiros a mendigarem um lugar ao sol e a sujeitarem-se a condições de trabalho e contratuais degradantes; custa-me ver o capital humano e científico dos jovens Enfermeiros ser renegado neste País; custa-me verificar que a Ordem dos Enfermeiros, criada para realmente dignificar a classe dos Enfermeiros, ainda se não pronunciou publicamente sobre esta espécie de vergonha nacional a que os profissionais de Enfermagem estão a ser submetidos.

Os Enfermeiros deste País têm alto potencial: têm conhecimento técnico-científico, capacidade elevada de investigação, produzem conhecimento científico, produzem trabalho de qualidade e são o garante das boas práticas e da humanização da prestação de cuidados... e não são reconhecidos como forte elemento do Sistema Nacional de Saúde!

É a hora de a Ordem dos Enfermeiros e dos Sindicatos de Enfermagem darem as mãos em prol da classe; queremos uma Ordem de Enfermeiros viva, actuante, atenta e vigilante; queremos sindicatos em uníssono, dinâmicos, intervenientes e unidos por nós; mas para isso, temos nós próprios que estar vivos, actuantes, atentos, vigilantes... só com a acção conjunta de todos é que os Sindicatos unidos terão a força de que precisam, para negociarem com o Estado os interesses e direitos dos Enfermeiros. Só com a acção conjunta de todos, é que a Ordem dos Enfermeiros será a nossa Ordem e não apenas a de alguns.

Dia 13 de Dezembro vai haver eleições para a OE... Não adormeçam colegas! Actuem! Não podemos continuar a ser o parente pobre do Sistema de Saúde, quando somos imprescindíveis a esse sistema...

Acordem Enfermeiros(as); lutem por vós e pelos que hão-de vir; não deixem que nos hipotequem o presente e o futuro da profissão; não continuem invisíveis..."

in Diário do Minho 8/11/2007

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Manifesto Contra o Futebol de Sofá

O Futebol de Sofá é uma epidemia que os dirigentes desportivos estão a fazer alastrar sem precedentes. Os preços anunciados para os associados do Sporting Clube de Braga na recepção ao Bayern de Munique são um escândalo que merece ser denunciado e repudiado por todos quantos gostam do futebol.

No próximo Domingo, os adeptos arsenalistas vão dar uma mostra da sua força ficando no interior das bancadas do Municipal de Braga até ao 5º minuto da partida com o Sporting.C.P. O intuito é demonstrar aos dirigentes do clube a indignação por esta política de afronta aos associados. Adicionalmente, é sugerido aos adeptos que tragam lenços negros. Ambas as iniciativas surgiram de forma espontânea e estão a ser promovidas pelo blog BragaSempre.

Ajudem-nos a divulgar esta iniciativa e juntem-se a nós na onda de protesto.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Acerca do Dia da Escola da ESE-UM

Amigos,

Proponho que para o ano a AEESECG não execute actividades culturais no Dia da Escola. Aliás, proponho que não exista sequer Dia da Escola. Que se aproveite esse dia com aulas normais, para que os alunos possam não ter os horários tão sobrecarregados.

Como sabem, pelo menos aqueles que comigo falam ou que comigo estiveram enquanto fui da AEESECG, defendo e defenderei a participação cívica dos estudantes. Esta é a única forma de se conseguir uma rampa de lançamento para a mudança. Algo que faça na verdadeira essência da palavra ser o meio de marcar a diferença numa sociedade amorfa.

Meus amigos, entendam isto: ser enfermeiro já não é ter três ou quatro empregos. Ser enfermeiro é estar em casa a penar para ter um local onde trabalhar, um sitio onde se possa desenvolver os conhecimentos que foram ensinados no banco da escola e em todos os pontos de aquisição de conhecimento que nos foram dando saber que precisamos para o desenvolvimento da profissão.

Não é novidade, mas o desemprego em Enfermagem existe.

Urge então que os enfermeiros e futuros enfermeiros se adaptem, se agrupem, pensem e adquiram estratégias de defesa. Não de uma defesa corporativa da profissão e do posto de trabalho. Mas de uma defesa de qualidade, qualidade esta que terá de assentar em pilares que não se adquirem só nas disciplinas (agora apelidas de unidades curriculares).

O Enfermeiro do futuro será aquele que conseguirá crescer com todas as suas experiências, aquele que adquirir não só o conhecimento científico e técnico ministrado na escola.

O Enfermeiro do futuro terá de ir buscar conhecimentos a todas as áreas, terá de aprender tanto numa sala de aula, como numa discussão política, como numa actividade cultural, como numa actividade associativa.

O Enfermeiro do futuro não pode ter medo dos projectos, não pode ter medo de se chegar a frente, de enfrentar com espírito empreendedor os desafios que a sociedade lhe coloca.

Amigos, mentalizem-se não é por ter sido conferencista no Dia da Escola que escrevo estas palavras. Escrevo-as como escreveria quando estava no meu terceiro ano. É vergonhoso ver que os estudantes não compreendem a importância de uma actividade científica que lhes proporcionará coisas que não vão nunca aprender num banco da escola.

Por último, é com muita pena que vejo que a Comissão Organizadora não desempenhou o seu papel da melhor forma possível. A divulgação foi nula e se se culpa os estudantes por não participarem, também tem de se culpar a organização por não os motivar. Parabéns por último à AEESECG, uniu-se em torno de um objectivo, organizar um bom Dia da Escola em conjunto com esta. Esteve muito perto do brilhante, e é de louvar que alguns dos seus membros tenham dormido 2horas para que tudo corresse bem.

Pensem nestas palavras, comentem-nas, contra-argumentem contra elas, mas não se deixem estagnar, não fiquem mais uma vez no vosso canto.

A Enfermagem precisa de vós! Estais dispostos a aceitar o desafio?

domingo, 4 de novembro de 2007

Os Senhores da Verdade

Quem me conhece sabe que é preciso chegar a tamanha revolta para expressar tamanha ironia que irá preencher as próximas linhas.

Não podia deixar de dar os parabéns a quem efectivamente manda neste país. Senhor Socrates, hoje não é você o meu bombo. Mas, sim os jornalistas.

Aqueles senhores que dantes escreviam no seu bloco e depois dactilografavam em máquinas de escrever rudimentares. Felizmente ou infelizmente, a sociedade evoluiu, deu-lhes o computador e o gravador, para que pudessem melhor relatar os factos. Tal e qual, eles aconteceram, com isenção jornalista e com a transmissão da verdade.

Poder sagrado. Estes senhores fazem o que querem, lançam os boatos que querem, queimam A, B ou C com meias verdades (quando não são apenas e só mentiras). Publicam histórias de ficção, deturpam declarações, nem tendo o cuidado de retirar a citação.

Ups tinha dito que iria ser irónico, pelos vistos estou a ser directo. Mas o poder que a sociedade lhes dá, a força e poder que dão para atacar e destruir tudo o que não compreendem, causam-me repulsa.

Honra a todos os Jornalistas que dia após dia, trabalham e não podem ser revistos neste mundo de manipulação, falsidade e mentira. Esses sim, merecem ser lembrados e sublinhados com maiúsculas. A grande dúvida que deixo a esses: Será que em vocês, alguma vez, o povo enganado acreditará?

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

O Espírito do Preguiçoso

Preguiça ou habituação?

Num país que se quer lutador, dinâmico, empreendedor, disponível, vemos hoje, dia de feriado religioso, uma imprensa que dá destaque a um fim de semana prolongado. É hoje sexta-feira? Ou será que mais uma vez está a imprensa nacional a apelar a mentalidade portuguesa do adiar, não fazer e do ócio?

Assim não vai o país para a frente.