sexta-feira, 6 de março de 2009

Frases acertadas...

"Nada é tão perigoso como deixar permanecer um homem muito tempo no poder. O povo habitua-se a obedecer-lhe e ele habitua-se a mandar. Daqui nasce a usurpação e a tirania."

Simon Bolívar

11 comentários:

Anónimo disse...

Frase acertada para momento acertado. Senão vejamos porque é que os enfermeiros quendo estava no poder o PSD faziam greve e agora não fazem? porque a maioria deles são SOCRETINOS, nem mais --- e depois desculpam-se que estão de horário fixo, desmotivados, que a manifestação não deveria ser feita com outros trabalhadores (até parece que não são!, pois todos são agora gestores, já não me lembrava...)e alguns no desemprego!!!

É uma classe amplamente desunida, lambebotas, maldizente e sobretudo (pelos vistos)SOCRETINA!

Graça

Abel Alves disse...

Caro anónimo. Discordo consigo nalguns pontos. Durante esta legislatura socialista já houveram greves e manifestações por parte dos enfermeiros. Quantos aos adjectivos de "lambebotas" e "maldizentes" gostaria que esclarecesse e argumentasse o que o leva a pensar assim. Falar e criticar é muito fácil, e enfiar toda uma classe no mesmo saco é um pouco injusto e desonesto da sua parte. Os enfermeiros são fundamentais num sistema de saúde pois contemplam variadíssimas competências que mais classe nenhuma na área da saúde comtempla.
Concordo consigo quando diz que somos uma classe desunida, isso somos e até em demasia. Contudo também não me parece que sejam as greves a solução para os problemas dos enfermeiros e restantes trabalhadores deste país. Concordo com greves fundamentadas e em dose q.b., mas fazer das greves um instrumento rotineiro de contestação pública (e algumas à sexta-feira) é inconsequente e só demonstra as nossas fraquezas. Temos de lutar por melhores condições no terreno, demostrando esforço e dedicação pelas nossas profissões, para que na nossa ausência as fragilidades sejam sentidas e nos dêem o devido valor.

Anónimo disse...

Primeiro dizer que "É uma classe amplamente desunida, lambebotas, maldizente e sobretudo (pelos vistos)SOCRETINA!"não quer dizer que todos os sejam, quer dizer uma grande parte dela(amplamente).
Lembro-lhe que vivemos numa democracia, logo se discorda do que eu digo, tem esse direito, "não me aquece nem me arrefece".
Segundo: não me conhece de parte alguma quando diz que sou desonesto e injusto no que afirmo, pois como sou do género feminino, logo sou desonesta e injusta ....quanto a isso posso dizer-lhe que já sofri muita desonestidade e injustiça e mais não digo para não envergonhar a dita parte;
Terceiro: não vou argumentar nada do que disse porque a minha opinião é minha e como tal pertence-me de direito, pois acho que ainda vivemos num país em que se pode ter as suas próprias opiniões ou será que não? e por último, que eu saiba não estou a defender nenhuma tese para argumentar aquilo que disse.
Passe bem, Graça.

Unknown disse...

Está alguem por esse lado ?

Tem andado ausentes!

http://cogitare.forumenfermagem.org/

Abel Alves disse...

Cara Graça, peço desculpa pelo erro da minha parte relativamente ao seu género, mas efectivamente não reparei que tinha assinado o seu nome por baixo de um comentário em anonimato. Daí a ter tratado como sendo do sexo masculino, que por sinal é o que se faz em língua portuguesa, quando se desconhece o género da pessoa em causa.

Quanto à aua frase - "É uma classe amplamente desunida, lambebotas, maldizente e sobretudo (pelos vistos)SOCRETINA!".

Também lhe digo que costumo interpretar o que está escrito, por isso, se uma classe engloba todos os profissionais dessa mesma classe, e se a palavra amplamente e segundo o dicionário de língua portuguesa segnifica:
1. Vasto em extremo.
2. Sem restrição.
3. Extenso, dilatado, largo.
Compreenderá o porquê de achar que enfiou todos os enfermeiros no mesmo "saco", em relação ao que adjectivou.


Mais, quando diz - "Lembro-lhe que vivemos numa democracia, logo se discorda do que eu digo, tem esse direito, "não me aquece nem me arrefece".

Também não compreendo porque respondeu ao meu comentário de forma tão ressabiada. Fique também sabendo que nas democracias saudáveis, as pessoas não se ficam por meias palavras nem atiram "farpas para o ar", o que fazem antes, é discutir e argumentar para se compreenderem umas às outras e se possível chegar a consensos.


E quando diz - "não me conhece de parte alguma quando diz que sou desonesto e injusto no que afirmo".

Que eu saiba não é necessário conhecer uma pessoa nem parcial nem integralmente para se emitir um juizo sobre ela relativamente aos seus actos ou palavras em determinados contextos e situações. Para mim continuo a afirmar que, no contexto em que adjectivou os enfermeiros, foi injusta e desonesta (à luz do que interpretei nas suas palavras).


E quando diz - "quanto a isso posso dizer-lhe que já sofri muita desonestidade e injustiça e mais não digo para não envergonhar a dita parte".

A mim não me envergonha em nada, até porque, tenho plena consciência que há maus profissionais de enfermagem, assim como há maus profissionais em todas as áreas laborais. Talvez tenha tido má sorte, mas também lhe relembro que há livros de reclamações e tribunais para julgar os que a injustiçaram.


E por último, quando diz - "não vou argumentar nada do que disse porque a minha opinião é minha e como tal pertence-me de direito, pois acho que ainda vivemos num país em que se pode ter as suas próprias opiniões ou será que não? e por último, que eu saiba não estou a defender nenhuma tese para argumentar aquilo que disse."

Longe de mim querer roubar-lhe a sua opinião, mas as pessoas podem mudar de opinião ao longo da vida, certo? Afinal de contas estamos sempre a aprender uns com os outros, certo? Até concordei consigo nalguns pontos do seu comentário, certo? os blogues foram criados para se argumentarem opiniões, certo? Para além disso apenas disse que gostaria que argumentasse, logo não a obrigo fazê-lo, certo? E que eu saiba o valor da argumentação não é exclusivo para a defesa teses, certo?


Ah, e já agora e relativamente a outro ponto do seu primeiro comentário, quando, diz - "(...)e depois desculpam-se que estão de horário fixo, desmotivados, que a manifestação não deveria ser feita com outros trabalhadores (até parece que não são!"

Não se pode esquecer que os enfermeiros têm sindicatos próprios, para os quais os sindicalizados descontam uma parcela do seu ordenado, e segundo os quais são lançadas reivindicações próprias da dita classe que justificam a greve. Não se esqueça que têm de haver os tais ARGUMENTOS para justificar uma greve que nem sempre são os mesmos ARGUMENTOS dos restantes trabalhadores da função pública, uma vez que cada profissão tem realidades diferentes. Logo, talvez não faça sempre sentido fazer greves conjuntas, certo?


Passe bem.

Freethought disse...

Uma Boa Páscoa, com tudo de bom.

Blogger de Saúde disse...

Boa Pascoa e um até já

Anónimo disse...

"Fique também sabendo que nas democracias saudáveis, as pessoas não se ficam por meias palavras nem atiram "farpas para o ar", o que fazem antes, é discutir e argumentar para se compreenderem umas às outras e se possível chegar a consensos".
Que democracias saudáveis refere o senhor? aquelas em que o que se reclama cai muitas vezes em saco roto? que se chega à conclusão que é melhor estar calado, senão sofremos represálias?
"mas também lhe relembro que há livros de reclamações e tribunais para julgar os que a injustiçaram".
pois há instituições para nos queixarmos, embora pareça, às vezes, haver nelas dois pesos e duas medidas, basta ver aquilo que aconteceu recentemente com o enfermeiro do HSJ.
Infelizmente todos sabemos que a enfermagem está doente, mais doente do que se julga!
Graça

Abel Alves disse...

Cara Graça, que o Estado democrático em Portugal esteja obsoleto dou-lhe toda a razão, mas a continuar a pensar dessa forma, tudo continuará igual. Quem faz as grandes mudanças nos regimes governamentais são a sociedade, e nós, fazendo parte dela temos o dever de individualmente tentar mudar o que está mal, não limitando as nossas acções às mesas de voto.
E que a justicça no nosso país seja uma anedota, também lhe dou toda a razão, mas também não é nos blogues que vai conseguir justiça.
E quanto à enfermagem estar doente discordo plenamente consigo, o que está doente é o sistema onde os enfermeiros trabalham e as condições que lhes são colocadas. Não se fazem omoletes sem ovos, da mesma forma que não se prestam cuidados de enfermagem de qualidade sem recursos humanos suficientes, entre outras coisas. Para além disso a enfermagem á a classe da função pública com menor taxa de abstenção laboral, e continuo a ver muitos enfermeiros que priam pela sua formação continua e actualização de conhecimentos sem garantias de retorno (porque os mestrados e pós-graduações e especializações saem do bolso dos enfermeiros, que actualmente nem lhes vêm reconhecidos os graus académicos em carreira profissional alguma) ao contrario de outras classes. Dou-lhe agora um exemplo caricato que parece do 3º mundo: no serviço onde trabalho, na passada semana, choveu em cima de uma doente inundando todo o chão. O tecto da enfermaria ficou em riscos de ruir, e teve de se evacuar as 4 doentes daquela enfermaria para outras no meio de muito trabalho que ainda havia por fazer, ou seja andei a fazer de trolha em vez de enfermeiro, como muitas vezes faço de médico, de administrativo, de técnico de análises clínicas e de outras coisas mais, porque penso no bem do utente, pois podia-me borrifar para tudo e deixar a merda acontecer, só que no final, sofreria sempre o podre, que é como diz, a enfermagem.

Graça Ribeiro disse...

Caro Abel, não disse que a enfermagem está podre (e secalhar vai a caminho, o futuro nos dirá, mas Deus queira que não...), disse sim que está doente e parece cada vez mais desunida:embora todos sejam enfermeiros, existem enfermeiros docentes (separados do MS), enfermeiros chefes (que andam a "lutar" por uma classe de gestores, dissem eles, e é vê-los , alguns deles,a desfilarem na sua arrogância e prepotência, a verbalizarem que são gestores de cuidados com ar de pessoas muito importantes, não há pachorra, mesmo!)e os enfermeiros, que querem quase todos ser ou virem a ser chefes....isto é a realidade de muitos serviços e centros de saúde ou USF, queiram ou não queiram......infelizmente.

Obrigada, Graça Ribeiro.

Abel Alves disse...

Sim Graça, a enfermagem é desunida, mas já não é de agora. E muito do que diz neste seu último comentário também corresponde à verdade, contudo, não podemos generalizar, porque eu, e concerteza que a graça também, conhecemos apenas uma pequena parte da realidade da enfermagem, dado que o país têm muitos hospitais, centros de saúde, clínicas...com os quais não temos sequer contacto algum.
Enfermairos docentes separados do ministério da saúde é uma situação que por si só não é um problema, o problema é a irresponsabilidade com que alguns docentes leccionam (sem procurarem actualizar-se e contactarem com a realidade laboral) e como atribuem notas (em algumas escolas dá-se 18 a alunos que noutras chumbavam), por exemplo.
Enfermeiros chefes que lutam por uma classe de gestores, talvez. Mas o maior problema é quando se tem chefes que não defendem a sua própria equipa, que não elogiam quando há um esforço suplementar, mas logo penalizam e humilham quando se tem uma pequena falha, ou ainda quando exigem cada vez mais e mais e mais tarefas e melhores cuidados sem pensar na escassez de recursos humanos e só pensando na imagem boa que o serviço passa para exterior, à custa dos escravos que trabalham para os lordes estarem sentados à secretária a fazer horários e a ganhar mais de o dobro. Não falando ainda daqueles que, em certas situações, se acagassam todos ao pé dos médicos não sabendo sequer defender a razão quando sabem perfeitamente que a têm.
Enfermeiros que querem quase todos vir a ser chefes, por si só não é problema, a ambição faz parte do ser-humano, o problema é que muitos querem ser chefes sem esforço e dedicação à profissão, e apenas porque vão ganhar mais, enquanto outros o querem a todo o custo atropelando-se uns aos outros prejudicando o bom ambiente e o trabalho de equipa. Este problema acabaria se a carreira proposta pelo sindicato fosse aprovada pelo governo, porque esta contemplava uma carreira horizontal em que qualquer enfermeiro poderia chegar ao topo da carreira continuando a prestar cuidados, ou seja, sem ter de necessariamente chegar a chefe. Uma carreira mais justa portanto. Mas isto que eu disse não implica que se passe em toda a enfermagem, e que por si só, a torne uma podridão. A enfermagem foi das profissões que mais evoluiu tecnicamente e teoricamente desde o 25 de abril, e ter enfermeiros com um nível de formação superior, comparativamente com os de há uns anos atrás, só valoriza a profissão. Contudo, infelizmente temos um país(governos) e uns sindicatos e uma ordem que não funcionam devidamente.

Como vê, na blogosfera é facil entendermo-nos quando se fala abertamente pondo tudo em "pratos limpos". A graça argumentou e eu argumentei também. Fiquei esclarecido quanto à imagem que tem da enfermagem, e espero, que também tenha ficado em relação às minhas opiniões.

Não tem nada que agradecer. É para mim, um prazer dialogar.