segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

O Melhor e o Pior no Governo Português no Ano que Passou

O Melhor - A Presidência da União Europeia.
Foi sem dúvida o ponto alto do Governo Português no Ano que findou. A sua acção junto de áreas de visibilidade e ligação externa ficaram perenes durante alguns tempos. A assinatura do Tratado Reformador, a abertura do Espaço Schengen aos países de Leste e as cimeiras com a África e com o Brasil abriram portas para um crescimento europeu e imposição no panorama Mundial.

O Pior - O Desemprego
Procurei e reflecti sobre qual seria o pior do Governo Português. Decidi-me pelo desemprego visto também me afectar a mim. É claro que neste aspecto o Governo não tem conseguído atrair investimento. A crise que tanto se apregoa à anos reflecte-se na confiança dos investidores e como tal a criação de emprego esbarra nestes entraves. Se juntarmos a isto, o anúncio do estagnar da contratação de profissionais de Saúde no sector público para o próximo ano, verificamos que não será possível garantir e continuar as reformas que se querem fazer na saúde sem que as dotações seguras de profissionais se cumpram. Tenho medo de ir parar a um hospital, onde os profissionais estão sobrecarregados de turnos e como tal as suas condições para o exercício correcto da sua profissão não se verificar.

O Que Dizem Os Outros II

O Mal Maior apresenta um bom vídeo sobre alguns que partiram neste ano de 2007, fica aqui o link para essa produção do Vítor Pimenta e também a homenagem deste blog a essas personalidades e anónimos que partiram no ano de 2007. Junto também aqui a homenagem ao Sr. António Peixoto dos Santos que durante anos construiu um bom projecto na Junta da Cividade.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Para Reflectir VIII

"E o certo é que nunca é mal empregado o dinheiro com que se retribua o esforço, a dedicação e o sacrifício que a profissão de Enfermeiro exige."
in Revista dos Hospitais Portugueses, 1948, página 43

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Um Bom Exemplo

Ontem referia-me ao problema dos encerramentos por todo o país de cuidados de saúde. Hoje venho saudar a postura da C.M. da Loourinhã que aprovou um pedido ao Ministério da Saúde para compensar o encerramento do SAP da Lourinhã.

Por unanimidade a CMLourinhã pediu uma ambulância de Emergência para os bombeiros e a instalação de complementos a saúde que complementem o fecho do SAP, nomeadamente o atendimento da população nos Cuidados de Saúde Primários.

Em vez de protestos vagos, as populações deveriam reclamar a instalação e regulamentação de cuidados de saúde primários que garantam que o encerramento dos SAP não lhes seja prejudicial.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Fecho da Maternidade de Chaves

Após alguns dias de ausência devido à quadra natalícia que impossibilitou a minha escrita, estou de volta.

Acredito que poderá ser muito polémico este post, até porque será feito enquanto profissional de saúde e também enquanto cidadão.

Defendo para Portugal, que quer norte quer sul, quer interior quer litoral tenham igualdade de oportunidades. Acrescento que deve haver um forte investimento para que se combata o forte abandono do interior do país.

Acredito também que os cuidados de saúde devem chegar a todos os cidadãos do país. Porém, espero sempre que estes cuidados sejam sempre de qualidade inegável e que nunca ponham em risco a saúde daquele a quem eles recorrem.

Enquanto profissional de saúde, defendo que a qualidade também se define não só pela tecnologia presente, mas também pela formação dos profissionais que prestam cuidados. Em casa de cirurgias, processos técnicos invasivos de grande precisão e mesmo partos é necessário que os profissionais estejam treinados e saibam reagir em situações de risco.

Como tal, acho imperativo que para que uma maternidade funcione correctamente esta tenha formação continua e experiência de campo que apenas é garantida com a prática. Logo, acho que os valores definidos pela OMS devem ser respeitados.

Sou completamente contra o encerramento de serviços de saúde por questões meramente economicistas. Contudo, acho que no caso da Maternidade de Chaves está em causa a qualidade dos partos e dos nascimentos.

Há cerca de 30 anos atrás uma Ministra da Saúde encerrou várias maternidades por todo o país. Aliás, mais de 200. O resultado está a vista, a mortalidade infantil diminuiu de 20 por mil habitantes para menos de 8 por mil habitantes.

Com a rede viária que neste momento existe, com a criação das SIV, penso estarem criadas as condições necessárias para que a inexistência da maternidade de Chaves irá contribuir para que menos crianças nasçam em condições precárias e de risco, passando a nascer em Vila Real, cuja maternidade realiza os partos necessários para que tenha qualidade e que os seus profissionais estejam treinados e prontos para reagir a situações de crise.

Quem duvidar disto, que questione com factos, que apresente factores que não o mero populismo. Se calhar estes senhores que se preocupem em que o Governo instale sim cuidados primários de saúde próximos de toda a população para que quando necessário se encaminhe para cuidados de saúde diferenciados de qualidade.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Para Reflectir VII

"A gratidão é a memória do coração."

Antístenes

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Ensino Superior vs Ensino Técnico vs Ensino Secundário

Há uns tempos atrás ninguém me veria dizer as coisas que aqui vou dizer hoje, mas tendo em conta a avaliação que tenho feito dos últimos anos da situação laboral permiti-me fazer esta análise ao Ensino em Portugal. Não vou falar em sucesso ou insucesso escolar. Não vou falar se os professores são ou não capazes. Não vou falar se deve-se obrigar a andar na escola ou não.

Vamos falar da adequação do Ensino ao mercado de trabalho.

Começo por falar do Ensino Superior. O Ensino Superior nas suas duas vertentes está a muito tempo esgotado. São vários os cursos que se encontram desajustados da realidade das necessidades do país. Exemplo disso, são os numerosos cursos que apenas têm como saída profissional o ensino e que há alguns anos que os seus profissionais se encontram em situações de desemprego.

Deixo aqui a primeira questão: Valerá a pena continuar a investir na qualificação para apenas se dizer que se detém um curso superior que para nada serve à posteriori?

O Ensino Secundário está viciado e é competitivo, os alunos que lá se encontram, muito dificilmente se preocupam em aprender. Estão mais a ser preparados para um exame final que lhes vai, socialmente definir como sendo detentores de sucesso estudantil ou vitimas de fracasso, isto é, vivem durante 3 anos para preparar a entrada no ensino superior. A que custo? Na minha opinião, o preço que se paga por esta luta sobrehumana que existe é de tal forma prejudicial ao ensino que faz com que muito pouco aprendam os estudantes do ensino secundário e que lhes retira totalmente conhecimentos de cidadania, democracia, iniciativa e liberdade de escolha.

Segunda questão: Não será o ensino secundário apenas um local de passagem que pouco contribui para a formação da pessoa, caso não opte por entrar no ensino superior ou o curso que enveredou não seja de uma componente técnica.

Por último, vou falar do Ensino Técnico, parece-me ser uma boa aposta para aquelas pessoas que se encontram no final do ensino básico ou ensino secundário. Este ensino parece-me ir de encontro a algumas das necessidades do país. Contudo não se pense que é perfeito. Abundam também neste, cursos que estão desajustados e que se fazem com base em fundos sociais europeus, agora chamado de QREN.

Última questão: Que aposta deve Portugal ter em termos de ensino para que se forme adequadamente?

A esta vou responder com a minha opinião. Portugal, precisa urgentemente de pensar as suas estruturas de ensino. É importante apostar numa formação em várias vertentes e que permita a qualificação técnica e cientifica dos portugueses. É importante reformular os vários cursos, que não têm saída profissional, não acabando com eles, mas diminuindo o seu acesso para que aqueles que optem por essa vertente possam ser substitutos naturais dos processos de envelhecimento e reforma da população. É importante apostar na qualificação técnica e na qualificação dos quadros das pessoas que já se encontram no mercado de trabalho. Não apenas com a atribuição de títulos académicos ou graus de escolaridade, mas com formação apoiada e concertada com as empresas para que se adeque as necessidades destas. Por último, é fundamental criar na população um espírito positivista de consciência cívica e de intervenção para que os portugueses consigam deixar de pensar em si como sendo os coitadinhos, mas que invistam para a formação do seu próprio emprego e que criem nichos económicos que sejam pequenas empresas e que possam também elas ser motores da mudança em Portugal. Urge que os nossos empresários tenham conhecimentos não só na sua área de investimento, mas em várias e com um bom suporte formativo em gestão e economia. Só assim, poderemos aproveitar o QREN para que seja a verdadeira rampa de lançamento para que Portugal aproveitando os fundos europeus cresça e se coloque na vanguarda da Europa e deixe finalmente a retaguarda.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Ordem dos Enfermeiros - As Eleições da Polémica

É envolta em grande polémica que se conhecem os resultados das Eleições para os Órgãos Sociais da Ordem dos Enfermeiros.

Passado que estão 6 dias da realização do acto eleitoral que permitiu a eleição do Bastonário, Conselho Directivo e demais órgãos da Ordem dos Enfermeiros, ainda não existem resultados finais e oficiais. Não posso deixar de constatar que é com grande pesar que vejo que a Ordem que me representa não consegue organizar um acto eleitoral que seja digno de um país civilizado. Nem nos países ditos terceiro-mundistas se consegue demorar tanto tempo para apurar os votos de 54000 eleitores. Este atestado de incompetência que a Comissão Eleitoral está a passar a ela própria, mostra que é necessário rever e repensar os processos democráticos que existem na Ordem dos Enfermeiros.

Resultados não oficiais, mas de fontes bem colocadas indicam que a Bastonária Maria Augusta de Sousa foi reconduzida para o próximo triénio 2008-2011, bem como o Conselho Directivo que a apoiava. Aliás, a Lista D (do Projecto Consigo pela Enfermagem da Bastonária) venceu em todos os órgãos a que se apresentou, excepção feita à Secção Regional Norte onde a actual Presidente do Conselho Directivo da SRN perdeu as eleições para a equipa do Enfermeiro Germano Couto (Lista A).

Contudo, os Enfermeiros José Azevedo e Carlos Folgado, os dois candidatos perdedores das eleições para Bastonário, vão impugnar o acto eleitoral. Em declarações prestadas ao Jornal Público ambos afirmam que existiram várias irregularidades e que como tal, o processo esteve minado desde a sua primeira fase.

A vitória da lista D significa que haverá continuidade nas políticas e que a implementação do Modelo de Desenvolvimento Profissional será uma realidade. Espera-se que a Ordem assuma então um papel de maior intervenção e maior conciliação com todos os enfermeiros. Se assuma verdadeiramente com a Ordem de todos os enfermeiros, os escute e que assuma posições políticas fortes e actue de uma forma pró-activa e não reactiva.

Espera-se da Ordem acção e antecipação dos problemas, que os resolve no âmbito das suas competências e que faça chegar junto dos órgãos de governo as suas preocupações, que são aliás as preocupações de todos os enfermeiros.

Independentemente dos resultados serem ou não do agrado de todos, é hora, de os enfermeiros se unirem em torno da sua Ordem e desafiar, construir e operacionalizar os Cuidados de Saúde, para que sejam assim um garante de qualidade e a pedra basilar de toda a saúde em Portugal.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

As Coisas Desta Cidade - Urbanismo

Nas noticias da semana passada veiculavam informações de que existiam para ocupar em Braga cerca de quinze mil habitações. Ou seja, são cerca de Quinze Mil casas (não contam aquelas que estão ainda a ser acabadas) para ocupar num Concelho que tem cerca de 160 Mil habitantes.

Isto, na minha opinião, só pode reflectir os erros sucessivos de anos e anos de governação camarária sem uma política estruturada de habitação. Os prédios surgem como cogumelos, em locais mais estranhos e descurando outros aspectos que são fundamentais para os Bracarenses.

As estruturas políticas não podem esquecer que garantir habitação acessível economicamente a todos, não chega. Não se pode garantir que essas habitações sejam sujeitas ao poder imobiliário e da construção civil sem que se tenham em conta aspectos ambientais, educacionais e culturais.

Braga, cresceu em prédios, sem dúvida é um bom dormitório, mas uma cidade da dimensão de Braga, não pode almejar apenas ser um dormitório, tem de apostar em todas as vertentes que façam jus ao slogan que há alguns anos a JS lançou que dizia:
"É bom viver em Braga"
Discordo disto, neste momento posso dizer: É bom dormir em Braga!

Possibilidade de Protesto nas Eleições da Ordem dos Enfermeiros

O Blog da Candidatura do Enfermeiro Azevedo acaba de informar que irá impugnar o acto eleitoral por ter detectado infracções gravíssimas no decurso deste. Afirma ainda que independentemente dos resultados eleitorais a serem divulgados esta impugnação avançará.

O que significa que quer seja ele, ou outros dos dois candidatos o escolhido para bastonário, pedirá a impugnação do acto pedindo um novo acto eleitoral.

Aguardo ecos dos resultados e também afirmações sobre que irregularidades foram detectadas pela Lista C para as divulgar.

Nota: Às 21horas ainda não se encontra disponível, no site da Ordem dos Enfermeiros, os resultados do acto eleitoral. Apesar de continuar a divulgar-se que estes seriam publicados durante o dia 17.

Nota Final: Maria Augusta Sousa foi eleita Bastonária. A Lista D venceu em todos os locais menos na Secção Regional Norte, onde a Lista A liderada pelo Enfermeiro Germano venceu. Ainda não detenho os resultados oficiais que quando tiver irei divulgar. Na próxima quarta-feira irei fazer uma análise do que se espera para o próximo mandato da Ordem dos Enfermeiros. A todos os vencedores sem excepção, espera-se trabalho e competência.

A Enfermagem em Debate na Rádio Clube Português - Edição do Minho

Esteve hoje em debate na Rádio Clube Português o estado da Enfermagem em Portugal.

Foram convidados a participar neste debate a Vice-Presidente da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho, Enfermeira Goreti Mendes e o Presidente da Direcção da Associação de Estudantes de Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian da Universidade do Minho.

Acerca da formação de Enfermagem a visão de ambos os convidados incidiu na importância das transformações implementadas com o Processo de Bolonha e descortinei nas palavras de ambos a tendência de uma necessidade de debate dos enfermeiros sobre a pertinência da passagem da Enfermagem para o Ensino Superior Universitário.

No que concerne a política de emprego, os dois convidados não apresentaram uma opinião convergente. Ângelo Ferreira alertou para o excesso formativo de futuros enfermeiros em números, apesar de salientar que faltem enfermeiros nos Cuidados de Saúde Primários e Diferenciados. Alertou para a existência de desemprego nos Enfermeiros, estando em elevada percentagem nos Enfermeiros sem emprego durante o primeiro ano pós-licenciatura. Goreti Mendes por seu lado, afirma que não existe excesso de enfermeiros, mas sim uma falta de emprego por parte dos organismo de Governo. Salienta que a exigência e novos desafios da saúde exigirá cada vez mais um maior número de enfermeiros. Salientou ainda a ausência da Política de Saúde séria e baseada numa assertiva Gestão de Recursos Humanos. Alerta ainda para a ausência de enfermeiros nos locais de debate público, principalmente acerca de assuntos referentes para a prática de enfermagem. Defende também que a Ordem dos Enfermeiros terá de ter um papel interventivo de grande acção na defesa dos Cuidados de Saúde e de intervenção na defesa dos Enfermeiros.

No debate das Políticas de Saúde ambos salientaram a importância das Unidades de Saúde Familiares e da Rede de Cuidados Continuados e da defesa que estas politicas devem ser suportadas pelo Sector Público e apenas em último caso se possam transferir para o sector privado.

Por último e falando acerca da investigação e formação continua, ambos apontaram estes dois aspectos como fundamentais para a melhoria dos cuidados de saúde, salientando o esforço da escola para a oferta destas duas componentes.

Se conseguir arranjar esta entrevista em formato podcast irei disponibiliza-la no blog.

O Que Dizem os Outros

Começo esta edição semanal que irá abordar um post ou conjunto de posts da blogosfera a falar de um único blog.

O Avenida Central recebeu esta semana a distinção do melhor blog português na vertente Cidade/Região. Este prémio é na minha opinião inteiramente merecido e reflecte a perseverança de Pedro Morgado em tornar o Minho e a cidade de Braga num enorme espaço de discussão plural que não se restringe ao debate político e partidário.

O Avenida Central tornou-se um ponto de referência de âmbito regional e nacional. Visitado por imensos internautas que vêem nele um importante espaço de debate, discussão, de lançamento de ideias. É um espaço democrático e de grande sentido de uma participação activa e pro-activa dos cidadãos. Apela aos problemas já instalados, como alerta para futuras situações que possam advir.

Este espaço é sem dúvida, sendo do agrado ou não, acreditando nas ideias ou não, um local obrigatório de passagem de informação da Cidade de Braga.

Ao amigo Pedro não o desafio, deixo-lhe um pedido: o de continuação do bom trabalho que tem vindo a desenvolver. Inovando e continuando a lutar pelos seus ideais e contribuindo para o crescimento e afirmação da cidade de Braga como a 3ª maior cidade do País e também da região Minhota como uma das mais importantes deste país.

Ao Avenida Central, os meus parabéns.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Um Conto de Natal

25 de Agosto um determinado jovem acorda na sua distante terra.

Estava um radiante calor, porém nessa distante terra era natal. Era Natal porque havia convívio, solidariedade e amizade entre as pessoas. Mas esse jovem achava queria um novo desafio na sua vida, ele gostava de conhecer outras realidades.

Iniciou a sua longa viagem que o iria levar até a longínqua terra, situada no velho continente. Alguns meses se passaram e lá chegou ele à Terra. Era dia 15 de Dezembro e por todo o lado se anunciava o Natal.

Feliz, o jovem conviveu com os habitantes daquela zona que lhe ofereceram abrigo, afinal de contas estava frio e a amizade das pessoas garantia-lhe algum calor, o calor humano que lhe permitia ser feliz. Todos os habitantes da terra distante vivam da solidariedade, amizade e carinho que recebiam dos outros. Ele achou que este novo planeta era o ideal para ficar e como tal destruiu o único meio de voltar para casa.

O Jovem estranhava porque havia tanta publicidade e tantas luzes nesta época festiva. Ele achou que o planeta bastante estranho.

O Natal acabou, as luzes desapareceram e a publicidade também. O jovem começou a ficar com frio. Já não tinha onde dormir, já não sentia carinho e como tal o seu organismo começava a sofrer. Andou de porta em porta, a pedir abrigo, disse que vinha de longe, ninguém acreditou, ninguém o ajudou.

O jovem faminto morreu, no dia 10 de Janeiro, vítima da falta de solidariedade, carinho e amizade das pessoas, aquela que desapareceu no dia 6 de Janeiro e que o cativou para ter ficado nesta bonita terra.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Para Reflectir VI

"A simplicidade é uma força que vence todas as astúcias."
Stendhal

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Resultados da Eleições da Ordem dos Enfermeiros

Não irei divulgar os resultados das eleições da Ordem dos Enfermeiros, porém posso informar que em declarações prestadas ao Jornal SOL na sua edição online, elementos responsáveis pela eleição, afirmam que os resultados apenas serão divulgados na Segunda-feira ao final da tarde.

Até lá todos aqueles que estão curiosos terão de esperar por mais notícias.

Regressamos em breve...

Peço desculpa aos leitores pela menor assiduidade de posts colocados ultimamente, porém encontramo-nos num pequeno periodo de reflexão e de organização de rumo deste blog, assim sendo sábado iremos regressar o habitual "Para Reflectir...".

Domingo poderão contar com a segunda edição de "Na Terra dos Sonhos".

Segunda-feira terão a primeira edição do "O Que Dizem os Outros" que consistirá numa análise do que melhor se faz pela blogfera (na nossa opinião).

Terça-feira será dia de reflectir algo acerca da nossa cidade de Braga em "A Vida Cá no Burgo".

Quarta-feira é o dia dedicado à saúde, nomeadamente à enfermagem.

Quinta-feira e sexta-feira serão dias livres em que serão colocadas várias temáticas em discussão.

De salientar que além dessas rubricas obrigatórias estamos abertos a sugestões de temáticas a ser abordadas e sugeridas pelos leitores. Em todos os dias poderão ainda ser abordadas outras temáticas actuais.

A não perder...

Contribuam com ideias...



sábado, 8 de dezembro de 2007

Para Reflectir V

"Há que saber resistir quando queremos fazer valer a inteligência, o talento e a liberdade de expressão."

Tatiana Lobo

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Pensamento Tacanho

Estava eu a ver o Jornal da Tarde quando vejo uma noticia que os portugueses entre feriados e pontes poderão parar mais de um de terço do ano (144 dias). Chama-lhe a RTP ano amigo.

Que Comunicação Social é esta que estimula um país parado, inoperante e ineficaz?

Depois, vêm chorar que as multinacionais se deslocam para fora do País. Se calhar vão para países em que as pessoas não se preocupam em trabalhar, pois compreendem que este é importante. Não estão à espera de ter mais férias que o próprio país possa aguentar.

É verdade, em tempo pré-eleitoral, quer ver se a postura do Sr. Socrates não vai mudar.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Afinal ainda o povo é quem mais ordena...

Não poderia deixar de destacar a enorme vitória da liberdade e derrota de legitimação de um ditador pelo voto do povo.

O sr. Chavez parece que quer respeitar o resultado. Espero para ver até quando.

Diz que até somos vistos...

Vindo do Enferm@gem Pedi@trica recebemos um prémio interessante:

atequenoehummaublog.png

Agradecemos desde já a lembrança que a equipa que lidera este bom projecto teve relativamente ao nosso blog: MUITO OBRIGADO


Assim sendo aqui vai o protocolo da coisa:

1. Este prémio deve ser atribuído aos blogs que considerem serem bons, entende-se como bom os blogs que costuma visitar regularmente e onde deixa comentários.
2. Só e somente se recebeu o “Diz que até não é um mau blog”, deve escrever um post:
- Indicando a pessoa que lhe deu o prémio com um link para o respectivo blog;
- A tag do prémio;
- As regras;
- E a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio.
3. Deve exibir orgulhosamente a tag do prémio no seu blog, de preferência com um link para o post em que fala dele.
4. (Opcional) Se quiser fazer publicidade ao blogger que teve a ideia de inventar este prémio, ou seja – Skynet - pode fazê-lo no post).

E as vítimas d'O Canto Social são e sem qualquer ordem de preferência:

Doutor Enfermeiro

Avenida Central

Mesa da Ciência

Braga 2009

Fila d'Trás

O Mal Maior

Remisso

Boas leituras...

domingo, 2 de dezembro de 2007

No País daquele que consegue ver menos que o cego

Este texto apesar de poder ser escrito a pensar nos vários governadores que andam por este Portugal a fora, vai dedicado a um conjunto de pessoas que me merece alguma da minha atenção.

No País daquele que consegue ver menos que o cego, existem várias pessoas a quem foi pedido que vivam em harmonia, união e que trabalhassem de vez em quando em conjunto em torno de um objectivo comum. Essa meta era nobre e pretenderia tornar os habitantes desse país mais conhecedores, mais fortes e sobretudo mais pessoas. Este país tinham boas relações com os seus vizinhos. Faziam trocas comerciais com os seus vizinhos do País dos cegos e com o todo poderoso País dos anciãos. Este último povo era tido como arrogante, prepotente e muito austero, o seu poderio militar era tremendo.

Porém, nem tudo ia bem no País daquele que consegue ver menos que o cego. Os habitantes daquele país rapidamente descobriram o que estava mal: no País daquele que consegue ver menos que o cego havia pessoas. Contudo a resposta que eles quiseram admitir não foi essa, mas sim que as taxas comerciais do País dos anciãos eram elevadas e estavam a levar o país a ruína.

Mas porque é que as pessoas queriam tanto que o país não fosse para a frente? Porquê?

Alguns dos habitantes do País daquele que consegue ver menos que o cego procuraram as respostas, investigaram, pesquisaram arduamente, porém a resposta estava mesmo ali: Neste belo País cheio de riquezas as pessoas destruíam-no sem motivo aparente, por pura ganância, egoísmo e ignorância. Não havia um verdadeiro espírito de comercio colectivo e como tal o País dos anciãos aproveita-se e explorava-os.

Então, os habitantes nada satisfeitos queriam mudar o que estava mal e começaram a atacar aqueles que faziam asneiras sem querer. Começaram a falar deles em surdina, a arquitectar projectos maquiavélicos de vingança. O inconformado liderava-os, nunca poderia aceitar que as coisas não iam bem.

Cá de longe, no vizinho País do cego, os habitantes deste país viviam felizes, com os seus problemas e com as suas desavenças, mas tudo estava relativamente calmo. Nada de mal percebiam passar-se no país seu vizinho. Aliás, o país daquele que consegue ver menos que o cego era tido no mundo como um país forte, unido e que sempre que era necessário um empreendimento conjunto se unia e fazia maravilhas.

Mas, nem tudo ia mal no País daquele que consegue ver menos que o cego. Havia pessoas que de nada sabiam, que com nada se preocupavam e que deixavam andar, a ver se ninguém ia ter com elas, se ninguém as preocupava, uma dessas pessoas era a razão. Esta pessoa sabia os problemas da terra, mas não queria se meter, era mais fácil estar no seu canto.

E as pessoas? Agiam elas por maldade? As pessoas sentiram-se ameaçadas. Também elas se organizaram, também elas investigaram e planearam o contra-ataque. A guerra civil estava instalada, todavia esta guerra não tinha dois lados bem claros, ninguém sabia de que lado da barricada estava.

Toda esta confusão reinava então no País daquele que consegue ver menos que o cego, alguns dos seus governantes queriam acusar os Países vizinhos dos problemas que existiam no seu país. Apontavam baterias aos País dos anciãos, porém sabiam que uma guerra directa contra estes não podia ser travada. Tinham de planear uma guerrilha. Contudo, o País daquele que consegue ver menos que o cego era uma democracia e apesar de os seus lideres pensarem de uma forma, nem todos pensavam assim. Então a oposição decidiu manifestar-se. Discordou do seu governo, queriam travar a guerra directa. Os seus lideres continuavam a temer represálias.

Um dia, um dos habitantes do País daquele que consegue ver menos que o cego, numa das suas guerras feriu um dos seus melhores amigos. A ferida era grave, não havia muito a fazer. Uns acusaram-no de ser o culpado de todos os seus problemas, outros choravam com ele. O inconformado (a partir de agora será esse o nome do habitante que feriu o seu amigo) chorava, pensava que motivos justificavam o que aconteceu.

A sua primeira vontade era de culpar o país dos anciãos, mas o seu amigo, a razão ferida gravemente e às portas de outro mundo, disse-lhe que já era hora de o país daquele que consegue ver menos que o cego se fechar sobre si mesmo. Era hora de unir, de falar e debater, de parar a guerra que no dia atacava o colega e no dia a seguir matava o amigo. Era hora de mostrar que no país dos cegos, se via tão bem como os outros e que o País daquele que consegue ver menos que o cego era o que realmente todo o mundo achava. A razão nas suas últimas palavras pediu ao arrependimento para que os habitantes do seu país não se esquecessem do seu nobre objectivo e que um dia pudessem trocar comercialmente de igual para igual com os anciãos. Deu-lhes então o último conselho:

"- Construam o nosso país, não de uma forma bélica, mas estruturada, comercial, democrática, em que todos sejam um trabalhador tão importante como os outros. Com discórdia, mas com frontalidade; sem discussão, mas com debate; sem amizade colectiva, mas com uma equipa de trabalho. Assim seremos mais fortes e aí poderemos finalmente debater com os anciãos que as taxas são verdadeiramente injustas. Eu acredito em ti, não fosses o eterno inconformado. Vai e espalha estas minhas últimas palavras."

...
O resto da história cada um de nós pode fazê-la no dia-a-dia...

sábado, 1 de dezembro de 2007

Para Reflectir (IV)

As grandes obras são sonhadas pelos génios, executadas pelos lutadores, disfrutadas pelos felizes e criticadas pelos inúteis crónicos.

(Autor desconhecido)